Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2016
O presidente interino Michel Temer terá que lidar com um descontentamento por parte das Forças Armadas: as graves restrições orçamentárias impostas nos últimos anos. A Marinha está com 46% da frota parada e sem navios de escolta suficientes para dar proteção às plataformas do pré-sal.
A previsão é de que o projeto de construção do submarino com propulsão nuclear, por exemplo, sofra um atraso de mais quatro anos, sendo concluído apenas depois de 2025, na melhor hipótese.
No Exército, por sua vez, a situação também é considerada complicada e houve a necessidade de um redesenho do portfólio estratégico. Os frequentes contingenciamentos exigiram uma redução drástica na linha de montagem do blindado Guarani, um tanque anfíbio de combate que poderá levar a Iveco, fabricante do veículo, a suspender a sua produção por falta de pagamento.
De acordo com fontes ligadas aos militares, os recursos destinados à empresa podem se esgotar em três meses.
Aeronáutica
A situação não é diferente na Aeronáutica, com metade da frota parada. O avião cargueiro KC-390 só tem a sua construção mantida porque a Embraer, mesmo sem receber 1,4 bilhão de reais devidos pelo governo federal, tem bancado sozinha o projeto, com atraso de dois anos em sua certificação. (AE)