Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de setembro de 2015
Mais de 50 perguntas que vão desde características da propriedade como distância de estradas até o conhecimento do produtor sobre normas de biossegurança e enfermidades fazem parte do diagnóstico que está sendo realizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal, Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do RS e Fundesa, no Rio Grande do Sul. O objetivo é determinar se existe risco de transmissão da febre aftosa através da carne suína exportada pelo estado. “Já que ainda não conseguimos eliminar a vacinação contra a febre aftosa, queremos mostrar que o produto gaúcho não oferece possibilidade de contaminação e, assim, alcançar mercados mais exigentes e remuneradores”, afirma o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS, Rogério Kerber.
Ao todo, duzentas propriedades nas regiões de Estrela, Erechim, Palmeira das Missões e Santa Rosa receberão a equipe de veterinários para responder o questionário. Destas, mais de 80 estão na regional de Estrela, onde há maior concentração de granjas. O trabalho está sendo executado pelo Laboratório de Epidemiologia Veterinária e Planejamento e Planejamento de Saúde Animal (Epiplan) da Universidade de Brasília (UnB). A coordenação será do professor Vitor Picão Gonçalves (UnB) e contará com a participação dos especialistas norte-americanos Mo Salman e Ian Gardner.
As respostas dos produtores vão ajudar a avaliar as condições de biossegurança e controle das granjas, a atuação do serviço oficial na defesa e vigilância e também o trabalho de assistência técnica e orientação das empresas. O desenho amostral foi feito para abranger toda a realidade da produção de suínos do Rio Grande do Sul. Unidades de produção de leitões, creche e terminação de integrados e produtores independentes estão elencados no universo a ser pesquisado, afirma o médico veterinário Pedro Stoll, consultor do projeto no RS.
Até o final de outubro será concluída a aplicação dos questionários. A análise dos dados e a conclusão do estudo devem ficar prontas no primeiro semestre de 2016.