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Celebridades Ator Joel Barcellos morre aos 81 anos em Rio das Ostras, no Rio

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Corpo do ator foi enterrado no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, na tarde de sábado. (Foto: Divulgação/Centro Cultural de Visconde de Mauá)

O ator Joel Barcellos morreu aos 81 anos em Rio das Ostras, no interior do Rio, na madrugada de sábado (10). O corpo do ator foi enterrado ainda durante a tarde de sábado no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, no Âncora. A causa da morte ainda não foi divulgada.

De acordo com o ator Ginaldo de Souza, seu amigo há mais de 50 anos, o estado de saúde de Joel estava crítico. Nos últimos anos o artista sofreu dois AVCs e estava bastante debilitado. “O pulmão dele estava bem fraquinho. Eu o visitei no mês passado e ele estava muito magro”, disse Souza.

Além de ator, Joel era roteirista e diretor e morava em Rio das Ostras há mais de dez anos. Na TV, um dos papéis mais conhecidos de Barcellos foi como o personagem Chico Belo, da novela “Mulheres de Areia”, em 1993. Antes disso, ele atuou na novela “O Pagador de Promessas”, em 1988, com o personagem Caveiras, onde contracenou com o ator Jofre Soares.

Já em 1992 interpretou o Terto Cachorro na minissérie “Tereza Batista”. Fez também a minissérie “Engraçadinha”, com o personagem Aprígio, em 1995. O trabalho mais recente em que Joel participou foi no longa “Casimiro de Abreu” (2007), de Paulo Cesar Saraceni e Mário Carneiro.

Ele dedicou sua carreira quase que integralmente ao cinema, participando de momentos importantes como “Cinco Vezes Favela” (1962), Os Fuzis” (1964), de Ruy Guerra e “A Falecida” (1965). Atuou, também, em “O Desafio” (1965), de Paulo César Saraceni; “A Falecida” (1965), de Leon Hirszman e “A Grande Cidade” (1965), de Carlos Diegues.

Primeira experiência como ator

Nascido Joel Dias Barcellos, em Vitória/ES, a 27 de novembro de 1936, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro aos três anos de idade. Sua primeira experiência como ator acontece ao participar do Teatro Rural dos Estudantes, enquanto cursava a Faculdade de Agronomia.

Estreou nos palcos na montagem de “Eles Não Usam Black-Tie”, de Gianfrancesco Guarnieri, no Teatro de Arena. No cinema, começou com uma ponta em “Trabalhou Bem, Genival!” (1955), onde desenvolveu uma carreira de mais de 50 créditos. Em 1969, durante a ditadura militar no Brasil, exilou-se na Itália, só retornando em 1975.

Foi duas vezes premiado no Festival de Brasília: em 1968, como Melhor Ator por “Jardim de Guerra” (1970), de Neville de Almeida; e em 1990 como Melhor Ator Coadjuvante, por “Beijo 2348/72” (1990), de Walter Rogério.

Em nota publicada em uma rede social, a Prefeitura de Rio das Ostras lembrou que Joel foi homenageado no mês de setembro com a exposição “Joel Barcellos – Juventude Acumulada”, onde foram apresentados troféus de prêmios consagrados, cartazes dos filmes que marcaram os mais de 60 anos de carreira, fotos e objetos do ator.

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