Quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2015
A carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba, no Paraná, para onde foram levados os presos da nova fase da Operação Lava-Jato tem capacidade para 18 prisioneiros. Com a prisão de 12 executivos ligados à Odebrecht e à Andrade Gutierrez, a lotação máxima foi atingida. Isso porque já havia outros seis presos envolvidos na investigação detidos no local.
As seis celas da carceragem estão divididas em duas alas. O doleiro Alberto Youssef fica sozinho em uma delas. Os demais seriam distribuídos pelas outras: três em cada uma. Quem sobra dorme em colchonetes distribuídos em um corredor.
Cada cela tem entre 16 e 20 metros quadrados, com camas beliche de cimento presas às paredes. Há o chamado “boi”, um vaso sanitário rente ao piso, sem divisória. Pelo regulamento interno, todos têm direito a uma hora diária de banho de sol. Não há TV ou rádio. É proibido fumar. As quentinhas, servidas nos horários do café, almoço e jantar, são fornecidas por uma empresa terceirizada. Para o banho, os presos enfrentam uma fila para revezar o uso entre os três chuveiros elétricos existentes.
Na sexta-feira (19), a primeira noite de Marcelo Odebrecht, Otávio Azevedo e os outros presos na cadeia foi fria. Ao entardecer, a temperatura em Curitiba era de apenas 6 graus.
A defesa de Marcelo Odebrecht pediu ao juiz federal Sérgio Moro uma dieta especial na carceragem para ele. Segundo os advogados, o empresário “possui uma grave debilidade de saúde” por ser “portador de hipoglicemia”. Segundo o pedido, Marcelo, de 46 anos, não pode ficar por longos períodos sem se alimentar. Os advogados informaram na petição que, assim que o empresário chegasse à carceragem, eles entregariam aos agentes os itens necessários na dieta especial do empreiteiro.