Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2017
Cientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) conseguiram interromper o avanço do mal-de-Alzheimer em animais. O avanço, que pode representar um novo caminho novo para o combate à doença, foi destaque em uma das principais publicações científicas, o Jornal Americano de Neurociências.
Os pesquisadores focaram o estudo em uma proteína denominada TGF Beta 1, produzida naturalmente pelo cérebro. Eles descobriram a importância dessa substância para proteção dos circuitos elétricos do cérebro. Nas pessoas mais velhas, a produção do TGF Beta 1 é reduzida e com isso há inflamações que interrompem a ligação entre neurônios.
Recuperação
Nos ratinhos de laboratório, os pesquisadores brasileiros já conseguiram reduzir alguns sintomas do Alzheimer. Os animais recuperaram a memória mais recente – as falhas nesse tipo de lembrança são um dos sinais mais característicos da doença.
A equipe alerta que a pesquisa é um passo importante mas ainda não significa a cura para a doença. “O que nós fizemos foi apenas um passo para o tratamento a médio, longo prazo”, disse a pesquisadora Flávia Gomes. “É uma longa caminhada.”
Estima-se que a doença degenerativa atinge atualmente mais de 1 milhão de brasileiros e tem sido um dos principais fatores de demência em idosos no País.