Terça-feira, 08 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de março de 2017
Um terço (33%) dos consumidores brasileiros compra sem necessidade motivado por promoções, especialmente entre as classes C, D e E (35%). Entre as mulheres, esse índice chega a 38%, e entre as pessoas de 18 a 34 anos, a 42%. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (30), foi realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
42% dos consumidores costumam comprar parcelado para conseguir adquirir tudo o que querem, enquanto quatro em cada dez (40%) não procuram meios alternativos para economizar em saídas ou festas, como reuniões em casa ou na casa de amigos.
Apesar de uma parte considerável dos entrevistados admitir ter atitudes consumistas, o estudo indica que a maioria dos consumidores afirma adotar práticas colaborativas ou conscientes com o objetivo de economizar. Oito em cada dez (78%) fazem em casa serviços que poderiam ser contratados fora, como cinema, lanches, manicure e pet shop; 74% utilizam transporte coletivo ou caronas (principalmente as mulheres, 80%, e as classes C, D e E, 78%); e 51% vão aos lugares a pé ou de bicicleta para poupar com transporte (sobretudo entre as classes C, D e E, 55%).
Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o mau momento da economia estimula essas atitudes, que são estratégias capazes de fazer com que o orçamento renda mais. “Abrir mão da comodidade de contratar um serviço fora de casa, ou de gastar com algum item supérfluo, pode ser a diferença entre o equilíbrio e o desequilíbrio financeiro. É importante que o consumidor faça a distinção entre o que é necessidade e o que é desejo e, nesse segundo caso, tenha clareza de quanto ele pode gastar”, afirma.
O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, diz que, principalmente devido à recessão, é preciso administrar o orçamento pessoal com cautela. “Estamos no início do ano e, ao que tudo indica, ainda teremos dificuldades em 2017. Portanto, é importante controlar os impulsos de consumo e evitar locais e situações tentadoras que favoreçam compras desnecessárias”, avalia. (AG)