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Brasil Conheça algumas “fórmulas mágicas” para emagrecer e saiba por que elas não funcionam

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Opções disponíveis costumam ter pouca ou nenhuma eficácia. (Foto: Reprodução)

Dezenas de atalhos e “fórmulas mágicas” têm recebido destaque, nos últimos tempos, entre quem pretende emagrecer. De um modo geral, tais alternativas têm pouca ou nenhuma eficácia, ainda que possam trazer algum benefício à saúde. A lista inclui a acupuntura, homeopatia, ingestão de alho, cebola, pimentas, chás, cafés, erva-mate, sucos (alguns deles pouco familiares às mesas brasileiras, como o de berinjela), goji berry (uma frutinha de muito sucesso no mercado), brócolis, couve-flor, repolho, tapioca e óleo de cártamo, dentre tantos outros itens.

No rol de opções com algum fundo mínimo de verdade estão os chamados “alimentos termogênicos” – aqueles que, de alguma forma, fazem o metabolismo da pessoa funcionar mais rapidamente e aumentam o gasto calórico. Gengibre, pimenta e vinagre são desse time. O problema é que, para terem algum efeito prático, eles teriam de ser consumidos em quantidades enormes e impraticáveis.

Já outros alimentos e substâncias ganharam fama ao oferecer “soluções” para a obesidade, tais como a cafeína e, mais recentemente, o óleo de coco. Embora este último encontre apoio entre entusiastas e até acadêmicos, não há evidências de que ele tenha efeito na perda de peso, segundo a Associação Brasileira de Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Já a cafeína, presente em uma série de grãos e bebidas, tem um reconhecido poder estimulante, mas não há evidência científica de que consiga reduzir o peso corporal.

A indústria de suplementos nutricionais à base de fitoterápicos, termogênicos e micronutrientes como cálcio e cromo também não inspira muita confiança junto a especialistas. Agências de saúde sérias como a FDA, dos Estados Unidos, já encontraram hormônio tireoidiano, diuréticos e até anfetaminas em cápsulas que eram para ser apenas à base de chá. “A cada nova moda, muda-se a infusão e as demais substâncias são as mesmas”, critica o endocrinologista Bruno Geloneze, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Origem

Bianca Naves, do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo, afirma que as modas têm origem no exterior, com celebridades que testam algo pontual, que acaba indo a público sem validação ou testes mais abrangentes, muitas vezes só com estudos em animais: “Antes de acontecerem pesquisas maiores, esses produtos acabam caindo na mídia, justamente por causa de gente famosa. E as pessoas acreditam que, se funcionou para alguém que é referência para elas, trata-se de algo real”.

A nutricionista Heloísa Piccinato, especialista em fitoterapia, diz que há compostos com poder de reduzir a ansiedade ou melhorar a qualidade do sono – fatores auxiliares no processo do emagrecimento: “Há muita coisa ainda para ser estudada. O problema da fitoterapia é que ela é muito barata e há pouco interesse comercial para bancar os estudos.” A homeopatia também não encontra respaldo. “Pode servir para outras coisas, mas não para tratar a obesidade”, diz Cintia Cercato.

As pessoas esquecem que a obesidade é uma doença complexa, crônica e recidivante. Os pacientes são vítimas fáceis de qualquer um desses tratamentos milagrosos, já que essa é uma doença que não dá para esconder de ninguém. “Muitos gostariam de obter uma solução milagrosa para perder peso sem ter que mudar hábitos, comendo e bebendo tudo o que gostam. Mas isso não existe. Vão atrás do que está na moda porque querem uma solução mágica, mas percebem que não adiantou e partem para a próxima onda milagreira”, ressalta a endocrinologista Maria Descalzo.

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https://www.osul.com.br/conheca-algumas-formulas-magicas-para-emagrecer-e-saiba-por-que-elas-nao-funcionam/ Conheça algumas “fórmulas mágicas” para emagrecer e saiba por que elas não funcionam 2017-08-25
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