Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2016
Apesar de ter introduzido recentemente um sistema de criptografia ponto a ponto (algo que concorrentes já fazem há um bom tempo), o WhatsApp continua não sendo exatamente o aplicativo de comunicação mais seguro do mercado. Prova disso é uma descoberta feita pelo desenvolvedor Jonathan Zdziarski, que notou que o aplicativo não chega a deletar totalmente as mensagens trocadas através de sua versão no sistema iOS.
Segundo Zdziarski, as mensagens deixam “pistas forenses” que permitem que qualquer pessoa com acesso físico a seu smartphone ou ao seu backup de dados possa acessar suas conversas. Esses traços também são copiados para o iCloud e seu desktop, o que gera preocupações adicionais – embora o iTunes permita a criptografia de seus backups, não é possível fazer o mesmo com os dados enviados ao iCloud.
Histórico de conversas.
A implicação imediata desse fato é que, a partir de uma ordem judicial, forças policiais podem usar os dados armazenados no sistema da Apple e verificar seu histórico de conversas privadas.
Segundo o pesquisador, não é somente o WhatsApp que deixa tais rastros, já que um comportamento semelhante foi detectado no serviço iMessage.
Não há motivos para pânico.
Zdziarski atribui a situação à biblioteca SQLite usada como base para a construção dos aplicativos, que não costuma sobrescrever dados antes que o espaço total disponível seja ocupado. O desenvolvedor afirma que não há motivos para pânico, visto que o processo de recuperar o histórico não é exatamente algo acessível a todas as pessoas.
No entanto, ele aconselha que o usuário use uma senha forte em sua conta no iTunes e opte por não usar o sistema Keychain da Apple caso tenha preocupações com sua segurança.
Para completar, ele afirma que é uma boa ideia desinstalar o WhatsApp de vez em quando para assegurar que todos os rastros de chats antigos desapareceram de vez de seu smartphone. (AG)