Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2017
Prática para prosseguir investigações e desmantelar esquemas de corrupção, as delações premiadas são recorrentes na Operação Lava-Jato. Até agora, o acordo mais vantajoso é o de Joesley Batista e outros executivos da JBS. Os colaboradores da empresa nem sequer usarão tornozeleira eletrônica.
Joesley e Wesley Batista, além de outros executivos da empresa, acertaram o pagamento de multa de R$ 250 milhões em seu acordo de delação premiada. O acordo homologado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin prevê, além da multa, que os delatores fiquem soltos e não usem tornozeleira eletrônica.
Além do acordo de leniência, no qual a Odebrecht pagou R$ 6,7 bilhões, cada executivo da empresa fechou um acordo de colaboração com o MPF (Ministério Público Federal). As multas dos acordos dos 77 executivos somam R$ 500 milhões, arcados pela própria empresa. Executivos presos tiveram redução de pena. Preso desde 2015 pela Lava-Jato, Marcelo Odebrecht deverá permanecer na cadeia até o fim deste ano. A partir daí, progride para a prisão domiciliar por mais cinco anos com tornozeleira. Emílio Odebrecht permanecerá em regime domiciliar por quatro anos, também usando tornozeleira.
Paulo Roberto firmou o primeiro acordo de colaboração premiada da Lava-Jato e acertou uma prisão domiciliar de 1 ano com tornozeleira eletrônica, além de até dois anos em regime semi-aberto. Renunciou a valores mantidos em contas bancários no Brasil e no exterior que somavam US$ 25,8 milhões, além do pagamento de R$ 5 milhões de multa. Ao todo, o ex-diretor já devolveu R$ 70 milhões. (AG)