Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2017
Em meio às incertezas sobre a posição do governo americano em relação à Síria, o presidente Donald Trump afirmou que tinha que agir contra o ataque químico – atribuído ao regime sírio –, mas garantiu que os Estados Unidos não vão entrar no país. Em uma entrevista à rede Fox, transmitida nesta quarta-feira (12), o republicano chamou o ditador sírio Bashar al-Assad de “animal”.
“Quando eu vi aquilo [ataque químico], eu disse: ‘temos que fazer alguma coisa'”, afirmou Trump, descartando um envolvimento mais profundo na Síria. “Vamos nos envolver com a Síria? Não”. O bombardeio americano contra uma base aérea síria – em retaliação ao que Washington e aliados dizem ter sido um ataque químico realizado pelas forças de Assad na província de Idlib – lançou dúvidas sobre a estratégia dos EUA, e se Trump assumiria um papel mais ativo na guerra.
Em relação as laços de Moscou com Assad, o republicano alertou que o presidente russo, Vladimir Putin, está apoiando alguém que é “verdadeiramente uma pessoa má”, o que é “muito ruim para a Rússia, para a humanidade e para o mundo”.
“Se a Rússia não apoiasse este animal [Assad], agora não teríamos problema”, pontuou Trump. Em tom desafiador, o presidente também abordou a escalada de tensões com a Coreia do Norte, após o envio de navios de guerra à península coreana. “Enviamos forças poderosas. Temos submarinos muito poderosos, mais que as forças aéreas. E temos os melhores militares da Terra”, disse ele, advertindo que o ditador norte-coreano, Kim Jong-Un, está seguindo o caminho errado.
As declarações de Trump sobre a Rússia vêm em um momento de fortes tensões entre as duas potências. Nesta quarta-feira, o presidente Vladimir Putin afirmou que as relações entre os países se deterioraram desde a chegada de Trump à Casa Branca, em janeiro. (AG)