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Cultura Entenda por que o Brasil sempre discursa primeiro na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, a ONU

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Presidente da 1ª Assembleia da organização, Oswaldo Aranha (segundo da Esq. para Dir.) teve papel fundamental na criação do Estado de Israel. (Foto: Divulgação)

O presidente Michel Temer será o primeiro presidente a falar nesta terça-feira na 72ª Assembleia Geral da ONU, fazendo seu segundo discurso no encontro como chefe de Estado. O Brasil é sempre o primeiro país a discursar desde a décima sessão da cúpula em 1955, que acontece todo o mês de setembro em Nova York. Você sabe por quê?

Embora a tradição não venha de nenhum estatuto oficial das Nações Unidas, um representante brasileiro sempre faz o discurso de abertura da Assembleia Geral. O Brasil foi o primeiro país a aderir à ONU e também é um dos Estados fundadores da organização. Além disso, o então ministro do governo de Getúlio Vargas de Relações Exteriores, o gaúcho Oswaldo Aranha, teve grande importância na história da organização e presidiu a primeira sessão especial da Assembleia e a segunda sessão ordinária no mesmo ano. Nestes dois encontros, foi aprovada a criação do Estado de Israel, com voto favorável do Brasil.

Em reconhecimento ao papel desempenhado por Aranha nos primórdios da ONU, o Brasil, desde então, abre os discursos da Assembleia Geral, que tem 193 Estados-membros, e os Estados Unidos, o anfitrião, é o segundo a falar. Para todos os outros países, a ordem de discurso é baseada no nível de representação, preferência e outros critérios.

Nos dias anteriores à sessão da ONU que aprovou a partilha da Palestina histórica em um Estado judaico e outro árabe, o ministro brasileiro também se mobilizou para garantir que a votação não fosse adiada. O Brasil apoiava a solução de dois Estados e era conta os argumentos de que os árabes eram maioria na região.

Oswaldo Euclides de Souza Aranha nasceu em Alegrete no Rio Grande do Sul, em 15 de fevereiro de 1884. Formou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro no ano de 1916. Participou ativamente nas articulações para depor o presidente Washington Luis e colocar Getúlio Vargas no poder através da Revolução de 1930. Tornou-se ministro da Justiça e da Fazenda em 1931, foi embaixador em Washington entre 1933 e 1937 e ministro das Relações Exteriores de 1938 a 1944.

Após se afastar da delegação brasileira na ONU, Aranha teve seu nome cogitado como candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Sua candidatura foi apoiada por 15 delegações de países da União Pan-Americana, sendo defendida também por entidades sionistas americanas, segundo informações do CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil) da Fundação Getulio Vargas. O prêmio, no entanto, foi dado ao Conselho dos Quacres, da Grã-Bretanha. Hoje, Aranha é homenageado como nome de praça e até de “kibutz” em Israel. Em 1957, foi chefe da delegação brasileira na 12ª Assembléia Geral das Nações Unidas. Faleceu em 27 de janeiro de 1960, de ataque cardíaco, na sua residência no Rio de Janeiro.

 

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