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Brasil Justiça monitora com tornozeleira suspeito de planejar ato terrorista

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Ibrahim Chaiboun Darwiche também não pode frequentar cursos ou atividades que envolvam explosivos, armas de fogo ou artes marciais. (Crédito: Reprodução)

Resultado de uma investigação sigilosa da Polícia Federal que apontou risco de um ato terrorista no Brasil, um morador de Chapecó (SC) terá de usar uma tornozeleira eletrônica e está proibido de comparecer a aeroportos ou escolas.

Ibrahim Chaiboun Darwiche, dono de um restaurante, também não pode frequentar cursos ou atividades que envolvam explosivos, armas de fogo ou artes marciais, assim como não tem autorização para deixar a cidade sem prévia comunicação à Polícia Federal. A adoção de medidas especiais para restringir os passos e monitorar Darwiche foi autorizada pela juíza Heloisa Menegotto Pozenato. Nas redes sociais, Darwiche diz que é do Líbano e vive no Brasil há muitos anos.

A decisão, tomada com base em três artigos do Código de Processo Penal, é “pouco comum”, mas trata-se de uma “situação diferente, que exige” medidas que levam em conta o “tamanho inimaginável do risco”. O uso da tornozeleira deverá se estender “no mínimo” até o encerramento dos Jogos Olímpicos no Rio, em agosto.

Os indícios apontados pela Polícia Federal são: anotações de que Darwiche vinha tendo, de madrugada, aulas de “estudo/prática de tiro [sniper]” e a apreensão na casa do empresário de um “manual” com “cálculos de distância de alvo, ajustes e correções para disparos”. Darwiche também é autor de um vídeo na internet, no qual “enaltece” o ataque terrorista à revista de humor Charlie Hebdo, em Paris (França); e, segundo os investigadores, mentiu à polícia.

Em depoimento, Darwiche afirmou que, durante viagem que fizera no início de 2013, “ficara baseado em Istambul”, na Turquia. Porém, ao analisar a série de telefonemas dados por ele no período, a polícia concluiu que ele passou pelo menos 87 dias na Síria, em uma cidade que “estava sob domínio da organização Estado Islâmico”.

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