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Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2017
A cinco dias da eleição que vai definir a nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, nove partidos já anunciaram apoio à reeleição do atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Somadas, as bancadas dessas nove legendas contam com 266 parlamentares, mais da metade da Casa.
Até a noite desta sexta-feira (27), os seguintes partidos haviam anunciado apoio a Maia: PV, PP, PRB, PSD, PR, PSB, PHS, PSDB e DEM. Embora falte menos de uma semana para a votação, Maia ainda não confirmou ser candidato à reeleição, mas está em campanha, ainda que de maneira informal. Ele tem oferecido jantares a parlamentares e visitado lideranças políticas em vários Estados, entre eles Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
O fato de os partidos terem anunciado apoio à reeleição não significa que todos os deputados dessas legendas são obrigados a votar em Maia. Para ser eleito, um candidato à presidência da Câmara precisa obter a maioria dos votos, desde que estejam presentes à sessão pelo menos 257 dos 513 deputados. A eleição é secreta e está marcada para 2 de fevereiro.
Na última eleição para a presidência da Câmara, em 2015, o então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente cassado e preso, foi eleito no primeiro turno, com 257 votos. Na ocasião, ele derrotou, entre outros, Arlindo Chinaglia (PT) e Júlio Delgado (PSB).
Os candidatos
Além de Maia, estão na corrida pela presidência da Câmara os deputados Rogério Rosso (PSD-DF), Jovair Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE). As candidaturas, porém, só são registradas no dia da eleição, portanto, podem surgir novos candidatos até a última hora.
Diante da série de ações judiciais movida contra Maia, com o objetivo de impedi-lo de disputar a reeleição, Rogério Rosso suspendeu a candidatura até que haja uma definição pelo Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. O deputado do PSD, porém, sequer conta com o apoio do partido dele, que defende a reeleição de Maia.
Os adversários do atual presidente da Câmara argumentam que o regimento interno da Casa impede a reeleição na mesma legislatura (a atual termina somente em 2018). Os aliados de Maia, porém, sustentam que ele foi eleito em julho do ano passado, após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para uma espécie de “mandato-tampão” de seis meses e, portanto, a regra não se aplica a Maia.