Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Comunicados de entidades empresariais em vários estados, que apoiam o impeachment da presidente Dilma, estão mais voltados às perdas na produção e nas vendas do que a aspectos políticos. Como sempre, buscam aumentar o retorno do capital investido. Quando não é possível, contentam-se em empatar. Porém, não admitem prejuízos, que ocorrem agora e ainda levam a extirpar empregos.
TÁTICA
Caberá a Eduardo Cunha escolher a ordem de votação em plenário do processo de impeachment. Quer começar pelos deputados do Rio Grande do Sul e demais estados do Sul, onde a diferença contra o governo federal crescerá. Acredita que será uma forma de constranger parlamentares do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste.
O TEMPO CORRE
Nelson Barbosa, esta semana, completou três meses no Ministério da Fazenda. O governo atendeu ao clamor do PT, substituindo Joaquim Levy, formado na academia ortodoxa de Chicago e seguidor da cartilha de Wall Street.
REDUÇÃO DIFÍCIL
A primeira impressão era de que Barbosa incomodaria a bancocracia, baixando a taxa de juros para que a Economia voltasse a se movimentar. Até agora, não ocorreu. Sob argumento do controle da inflação, segue inalterada.
DENTRO DE UM MÊS
A atual taxa de 14,25 por cento ao ano é a maior em quase dez anos e se mantém a mesma desde setembro do ano passado. A próxima reunião do Conselho de Política Monetária do Banco Central, a 26 de abril, indicará o caminho que Barbosa vai trilhar. Por enquanto, há pouca clareza.
MEDO EXPOSTO
O listão da Odebrecht vai retrair mais ainda os financiadores de campanhas eleitorais. Eles buscavam alguma fórmula para burlar a nova lei que obriga as empresas a fecharem o cofre a candidatos e partidos.
DEVERÁ PASSAR
Está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado a proposta de Lasier Martins, fixando o mandato de dez anos para os ministros do Supremo Tribunal Federal. É forte a pressão pela aprovação porque é longa a fila de pretendentes ao ápice da carreira da magistratura.
O CERCO
Assessores do Planalto não têm folga no feriadão: ligam a parlamentares e lideranças do PMDB, tentando evitar a saída da base de apoio. A conversa começa pela listagem de demandas não atendidas.
NÃO ACEITOU IMPOSIÇÕES
Há municípios do lnterior cuja condução política foge dos parâmetros e deve servir como exemplo. Em Cristal, distante 150 quilômetros de Porto Alegre no sentido Sul, Fábia Richter, do PSB, elegeu-se prefeita em 2012. Não esperou a indicação dos partidos e compôs o secretariado com quem considerava os mais competentes. Mesmo que alguns dos escolhidos tenham filiação partidária, ela passou a enfrentar oposição de toda a Câmara Municipal.
Pesquisa mostra que a fórmula estava correta: Fábia tem 80 por cento de aceitação.
RÁPIDAS
* Esta semana começou o outono, estação mais luminosa do ano. Que se estenda à Política.
* O sistema punitivo no país era uma rede de pescar que fazia mágica: pegava peixes pequenos e deixava escapar os grandes.
* A série Os Intocáveis, sucesso da TV na década de 1960, será refilmada em Brasília. Produtores buscam um ex-presidente para atuar como protagonista.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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