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Brasil O Brasil vai manter sua linha de não intervenção na Venezuela, afirmou o vice-presidente da República

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"Vamos manter a linha de não intervenção, acreditando na pressão diplomática e econômica para buscar uma solução", disse Mourão. (Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)

Assim que chegou à Colômbia, na noite de domingo (24), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a posição brasileira na reunião dos países que integram o Grupo de Lima será a de manter a linha de não intervenção na Venezuela. O encontro acontece nesta segunda-feira (25) em Bogotá. As informações são do blog do jornalista Gerson Camarotti.

O Brasil vai defender entre os países do grupo uma pressão diplomática para o isolamento internacional do regime Maduro. De forma reservada, militares brasileiros têm reforçado que uma intervenção militar na Venezuela pode criar uma instabilidade na região. Há preocupação com a situação da fronteira no estado de Roraima. “Vamos manter a linha de não intervenção, acreditando na pressão diplomática e econômica para buscar uma solução. Sem aventuras”, disse Mourão.

A posição brasileira será um contraponto de um eventual movimento dos Estados Unidos em defesa de intervenção na Venezuela. Ao Brasil não interessa um conflito armado num país vizinho. Questionado sobre a sinalização dos EUA em defesa da intervenção, Mourão reconheceu o movimento americano neste sentido. “Julgo que [os Estados Unidos] desejam isso”, afirmou o vice-presidente.

Confrontos em em Roraima

A estratégia entre militares brasileiros é de diminuir a tensão na região de fronteira entre Roraima e Venezuela. No fim de semana, houve confronto entre venezuelanos que vivem no Brasil e militares venezuelanos. Bombas de gás chegaram atingir o território brasileiro.

A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil na quinta-feira (21), para impedir a entrada de ajuda humanitária. No sábado, dois caminhões com alimentos e medicamentos chegaram à linha que divide os dois países, mas não puderam ultrapassara a barreira de militares venezuelanos que barra a entrada e saída de pessoas e veículos da Venezuela.

Os embates começaram após essa tentativa frustrada. Na tarde de sábado, dezenas de venezuelanos começaram a atirar pedras contra os militares a partir do território brasileiro. As forças de segurança revidaram.

No domingo, os confrontos se repetiram, o governo brasileiro decidiu montar uma barreira com homens da Força Nacional, e anunciou um acordo para evitar novos embates. A reunião em Bogotá acontece dois dias depois da tentativa de envio de ajuda humanitária à Venezuela pelas fronteiras do Brasil e da Colômbia, onde também houve confrontos no sábado, que deixaram dezenas de feridos.

No domingo, a alta comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para os direitos humanos, Michelle Bachelet, condenou o uso de “força excessiva” por parte do regime de Nicolás Maduro.

O Grupo de Lima é formado por 14 países das Américas. Destes, apenas o México não reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Guaidó participará do encontro de cúpula, que também terá a presença do vice-presidente dos EUA, Mike Pence.

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