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Por Redação O Sul | 1 de outubro de 2018
O aumento na expectativa de vida da população trouxe consigo um crescimento na incidência das complicações decorrentes do Diabetes, principalmente entre as pessoas de mais idade. Uma das maneiras de reverter esse quadro é promover o diagnóstico precoce do diabetes, para que se possa iniciar o tratamento nas fases inicias da doença, reduzindo assim sua morbidade e mortalidade.
E todos sabemos que, no caso do diabetes, descobrir a doença no seu início é fundamental. Se o paciente souber controlar seu nível de glicose e ter acompanhamento médico, poderá evitar consequências gravíssimas, como infarto, derrame cerebral ou cegueira.
O diagnóstico precoce do diabetes é uma ação de prevenção secundária que tem o objetivo de identificar os sinais e sintomas preliminares de uma doença que, segundo o Atlas Mundial do Diabetes 2017, já atinge mais de 425 milhões de adultos em todo o mundo.
E o que é mais impressionante: de acordo com o levantamento, publicado pela International Diabetes Federation (IDF), metade dessas pessoas sequer sabe que tem a doença!
Isso quer dizer que um em cada dois diabéticos não toma medidas preventivas para evitar complicações de saúde pelo simples fato de ainda não ter sido diagnosticado.
Três passos para promover o diagnóstico precoce
Realizar o controle dos indivíduos com fatores de risco para Diabetes Mellitus a fim de rastrear a doença.
Instituir e aperfeiçoar o acompanhamento ambulatorial e domiciliar.
Promover a educação continuada dos pacientes de risco para que eles reconheçam os sintomas e auxiliem os profissionais de saúde no diagnóstico.
Principais dificuldades no diagnóstico precoce do diabetes
Por apresentar poucos sintomas identificáveis, o diabetes tipo 2 – que corresponde a 90% dos casos da doença – pode ficar por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, favorecendo a ocorrência de complicações para a saúde do paciente.
Além disso, outro fator que dificulta o diagnóstico precoce do diabetes é o fato da doença afetar principalmente pessoas idosas, muitas delas com dificuldades para compreender a doença, aderir ao tratamento e reconhecer suas complicações.
Quais são os sintomas do diabetes tipo 2?
Elas são poucas e não muito específicas, mas existem algumas condições que podem indicar a presença da doença em um paciente adulto. O problema é que nem todos apresentam os mesmos sintomas e muita gente pode passar anos sem sinal algum da doença, dificultando o diagnóstico precoce do diabetes.
Quando presentes, os sintomas mais comuns do diabetes são: Urinar excessivamente, acordando várias vezes durante a noite; Sede excessiva; Aumento do apetite; Perda de peso, mesmo comendo em excesso; Cansaço; Visão turva ou embaçada; Infecções frequentes.
Testes e exames para detectar o diabetes
Como os sintomas do diabetes podem muitas vezes passar despercebidos, o ideal é fazer exames periódicos para acompanhar a taxa de glicose no sangue, principalmente para quem tem casos da doença na família.
A confirmação do diagnóstico só é possível com a realização de um hemograma. Se o resultado do nível de glicose ficar acima de 110mg/dl, já pode ser considerado um caso de pré-diabetes. Acima de 126mg/dl, é positivo para diabetes.
O nível de glicose também pode ser medido com um aparelho portátil chamado glicosímetro, usando apenas uma gota de sangue do paciente. Isso facilita muito a realização de ações de prevenção, como a aferição da glicose em eventos organizados pelas operadoras de saúde.
Contudo, o resultado do glicosímetro não deve ser considerado definitivo. Caso seja detectado algum nível acima do normal, a pessoa deve ser orientada a consultar um médico e fazer o hemograma.