Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2016
Hillary Clinton se tornou oficialmente a candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA na terça (26), após os delegados do partido votarem na convenção nacional na Filadélfia, Pensilvânia. Ela é a primeira mulher a concorrer à presidência por um dos dois maiores partidos do país.
Na eleição de 8 de novembro Hillary irá concorrer ao lado do vice, o senador e ex-governador de Virginia Tim Kaine, contra a chapa republicana de Donald Trump e seu vice, o governador de Indiana Mike Pence.
A votação teve início às 17h20 (18h20 em Brasília) e aconteceu por estado, em ordem alfabética, com um representante anunciando os votos de cada um deles.
A decisão aconteceu cerca de 1 hora e 20 minutos depois, quando o estado de Dakota do Sul apresentou 10 votos para Sanders e 15 para Hillary, que a essa altura precisava de apenas dois para atingir a maioria.
Os delegados aplaudiram com entusiasmo tanto os votos para Hillary, a quem muitos chamaram de “a próxima presidente dos EUA”, quanto aqueles destinados a Bernie Sanders. Ao anunciar os votos decisivos, a representante de Dakota do Sul ressaltou que se referia à “primeira que será chamada de Madame Presidente”.
A vitória já era esperada depois de a candidata terminar a etapa de prévias com 2.807 delegados, bem mais do que a maioria de 2.382 exigidos para confirmar a nomeação. Ela havia superado seu adversário não apenas no número de superdelegados (602 a 48), mas também no de delegados escolhidos pelos eleitores, com 2.205 a 1.846.
Na segunda-feira, Sanders reforçou seu apoio à ex-rival, declarado pela primeira vez em 12 de julho. Em seu discurso no primeiro dia da convenção, ele disse que “não há sequer comparação” entre Hillary e o republicano Donald Trump. “Qualquer observador objetivo irá concluir que, baseado em suas ideias e sua liderança, Hillary Clinton deve se tornar a próxima presidente“.
Apoio de Sanders
Apesar do apoio formal do senador de Vermont, muitos de seus seguidores se mostram pouco dispostos a votar na candidata e chegaram a vaiar quando Sanders pediu que ela fosse eleita.
“O que devemos fazer agora é derrotar Donald Trump e eleger Hillary Clinton. Ou mais tarde olharemos para trás e somente iremos nos arrepender”, disse. “Na minha opinião, é muito fácil vaiar, mas é mais difícil olhar o rosto das crianças que deverão viver em uma presidência de Trump”, acrescentou.
Mas, mesmo expressando seu apoio, Sanders não retirou sua candidatura e teve, inclusive, discursos o apresentando como candidato na terça. Visivelmente emocionado, ele acompanhou a votação no Wells Fargo Center e sorriu e acenou durante as demonstrações de seus seguidores. (AG)