Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de março de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
De alguma maneira, a briga entre o presidente Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia, presidente da Câmara, foi decisiva na escolha do relator da reforma da Previdência. O Planalto pretendia um deputado experiente, talvez do PSDB, e chegou a descartar qualquer um do PSL. Mas seguro morreu de velho, e o governo quis fazer uma opção à prova de traições. Além de ser filiado ao PSL e apesar do primeiro mandato, o deputado Delegado Marcelo Freitas é leal a Bolsonaro.
Esqueceu o que disse
Presidente da CCJ, Felipe Francischini garantiu à Rádio Bandeirantes, há dez dias, que o relator seria experiente. E descartou todos do PSL.
Não basta ser pai
Dirigente do PSL, o deputado Fernando Francischini, pai do presidente da CCJ, foi decisivo na opção do colega delegado da PF como relator.
PF como prioridade
Em sua atuação, até agora, o deputado Delegado Marcelo Freitas deu prioridade a iniciativas em favor de sua corporação, a Polícia Federal.
Crédito de confiança
Entre ser fiel ao projeto do governo ou às carreiras de Estado, cujos privilégios a reforma combate, o relator merece crédito de confiança.
Presidente reflete sobre apoio que elegeu Maia
Se arrependimento matasse, o presidente Jair Bolsonaro estaria em maus lençóis. Na crise com o presidente da Câmara, foi impossível não lembrar que seu apoio viabilizou a reeleição de Rodrigo Maia, até porque fez outros pretendentes retirarem a candidatura, como Luciano Bivar (PE), presidente do PSL. Também foi lembrado dos dias de tormenta do governo anterior, provocados por Maia, ainda que, a exemplo d Bolsonaro, Michel Temer tenha sido decisivo na sua eleição.
Aposta errada
Bolsonaro abriu mão de um princípio elementar para o exercício do poder: ter um aliado incondicional na presidência da Câmara.
Poder de infernizar
Presidente da Câmara pode inviabilizar governos fazendo aprovar pautas-bomba e engavetando projetos estratégicos para o governo.
Poder de sepultar
Um dos poderes mais remidos de um presidente da Câmara é a prerrogativa de arquivar ou dar andamento a pedido de impeachment.
Zema bem na foto
Levantamento do Paraná Pesquisas em Minas Gerais indicou que 59,8% dos cidadãos aprovam a gestão do governo Romeu Zema (Novo), contra a desaprovação de quem ele derrotou em 2018: 32,5%.
Debaixo do nariz
O pedido do líder do PSL, senador Major Olímpio (SP), ao governo por “notas técnicas” sobre reforma da Previdência provocou divertido horror entre economistas: a IFI (Instituição Fiscal Independente), do próprio Senado, de primeiríssimo nível, já fez 26 estudos sobre a reforma.
Perderam a noção
A direção da Faculdade de Filosofia da USP deveria se envergonhar de sua nota, nesta quinta (28), protestando contra a prisão de um aluno em sala de aula, envolvido em pedofilia. Que horror…
Violação de privacidade
Além de absurda, é ultrajante as financeiras ligarem de telefones dos Estados Unidos e até da Eritreia para celulares dos pensionistas do INSS, que são vítimas dos crimes de furto e prevaricação. É preciso saber quem rouba para as financeiras a lista de telefones do INSS.
Cartório dá dinheiro
Fazendo fortuna com intermediação, que fez dos combustíveis do Brasil os mais caros do mundo para o consumidor, magnatas do setor de distribuição arremataram em leilão 1.500km da ferrovia Norte-Sul.
Tá tudo dominado
A Anatel continua omissa em relação aos incômodos das empresas de telemarketing, que ligam até 40 vezes ao dia para incautos. Deu mais seis meses de prazo para que essas empresas criem um “código de conduta”. Até lá podem ligar, inclusive nas noites de sábado.
Mais um cabide
O Congresso instalou ontem 5 comissões mistas para analisar medidas provisórias. Uma delas vai analisar a MP que trata da proteção de dados pessoais e cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados.
Diálogo e conversa
Para Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, “o governo adotou modelo de relação político-institucional que quebra paradigmas de décadas”. Por isso é preciso diálogo e muita conversa.
Pensando bem…
…por mais duros que sejam os insultos entre políticos, senta que o leão é manso.
PODER SEM PUDOR
Xixi ministerial
O então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos ouviu, calado, certa vez, duras críticas ao presidente Lula feitas pelo presidente nacional da OAB, Roberto Busato e pelo presidente da OAB-SC, Adriano Zanotto, na Conferência Nacional dos Advogados, em Florianópolis. A cada crítica, sempre aplaudida por milhares de advogados presentes, Bastos procurava disfarçar o constrangimento tomando, sistematicamente, um gole d’água. Ao final dos discursos, encharcado, ele não teve outra saída senão partir – célere – para o banheiro mais próximo.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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