Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2015
(Por Fabiane Christaldo/ O Sul)
Ao que tudo indica, o governo de José Ivo Sartori e sua base de deputados na Assembleia Legislativa enfrentarão, a partir do dia 18, paralisação geral dos servidores estaduais na próxima semana, segundo o vice-diretor do Sintergs (Sindicato dos Técnicos-Científicos do Rio Grande do Sul), Nelcir André Varnier.
“Estamos preparados para dar uma resposta ao governo. O indicativo é de paralisação por três dias”, comentou o sindicalista. Ele destacou que o movimento do dia 18 foi definido antes do parcelamento dos salários adotados pelo Executivo gaúcho. “Foi quando percebemos que não havia nenhuma perspectiva de reposição de perdas salariais para o funcionalismo.”
Varnier explica que a crise econômica do Estado não gira em torno do funcionalismo como indica o governo. “Todo serviço público passa pelo servidor, como oferecer saúde, educação e segurança sem os funcionários públicos. A sociedade tem que entender que pagar o servidor não é gasto, é investimento.”
Ele aponta três pilares da crise do RS: falta de combate à sonegação fiscal, vantagens fiscais e a dívida pública do Estado com a União. “Somente com a sonegação, o governo gaúcho perde 7 bilhões de reais ao ano. As vantagens fiscais consomem 13 bilhões de reais por ano, sendo que nem o Tribunal de Contas tem acesso às empresas beneficiadas, não há transparência. Já dívida com a União tem que ser auditada, essa dívida já foi paga pelo menos quatro vezes. ”
O diretor-financeiro da Ugeirm (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS), Cládio Wohlfahrt, afirma que a categoria está dividida entre paralisação por um curto prazo ou greve por tempo indeterminado. “Haverá paralisação ou greve.”
O período, segundo ele, será definido na terça-feira (18), na assembleia de policiais na frente do Palácio da Polícia, às 12h. Na Polícia Civil 29, núcleos estão definindo posição em relação a política do governo.
Policiais de nível médio da Brigada Militar deverão dar prosseguimento a operação-padrão, segundo o presidente da Abamf, soldado Leonel Lucas. A Assembleia da categoria será às 13h, na praça Brigadeiro Sampaio, em Porto Alegre.
Trabalhadores ligados ao Sintergs se reunirão no Largo dos Açorianos, às 10h, para assembleia. Às 13h, deverão sair em caminhada até o Largo Glênio Peres.