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Brasil Cem milhões de celulares expostos: O que criminosos podem fazer com os dados e como se defender?

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É o segundo vazamento em massa de dados em menos de 20 dias no país. (Foto: Reprodução)

Um novo vazamento de dados no Brasil expôs mais de cem milhões de números privados de celular. O Brasil já tem uma Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A legislação regulamenta como dados pessoais dos brasileiros devem ser tratados, armazenados e protegidos pelas empresas, prevendo multas e punições para companhias que não seguirem as novas normas. Entretanto, o primeiro ano da vigência da lei tem sido marcado por falhas na proteção de informações.

Dois vazamentos em massa de dados já ocorreram no país em 2021. Em janeiro, foram expostos dados de mais de 223 milhões de brasileiros, vivos ou falecidos. Esse vazamento foi considerado por especialistas como o maior da história brasileira. Agora, um novo vazamento expôs mais de 100 milhões de números privados de celular.

Especialistas apontam para uma enorme fragilidade do sistema de segurança digital no país. Leia abaixo quais são os maiores riscos para o usuário que teve suas informações vazadas na internet, o que fazer para reduzir prejuízos e quais autoridades devem ser contatadas.

Criminosos

No primeiro vazamento, foram expostas na internet informações pessoais, como telefone, formação acadêmica, salário, endereços físico e eletrônico, fotos, nome de familiares, dados do Imposto de Renda, classe social, documentos (RG, CPF, CNH, título de eleitor), score de crédito bancário e até mesmo perfil de consumo. O vazamento também incluiu informações de mais de 40 milhões de empresas do país, como CNPJ, razão social, nome fantasia e data de fundação, além de dados detalhados de 104 milhões de veículos.

O segundo vazamento incluiu novamente números de celulares, mas também valores de conta telefônica, minutos gastos por dia, CPFs e datas de nascimento. Como os criminosos digitais podem agir? O hacker, ou qualquer um que tenha pago para comprar essas informações, pode realizar diversos tipos de fraudes no nome da pessoa que teve os dados expostos.

Um golpe em alta no Brasil é a clonagem do WhatsApp. A tática é uma adaptação do roubo de contas de aplicativo, que surgiu em meados de 2019. Enquanto o roubo gera um alerta para a vítima, o usuário não sabe que seu nome está envolvido em um golpe na clonagem.

Para esse golpe funcionar, hackers acessam fotos em redes sociais para criar perfis falsos no WhatsApp. Textos públicos também são usados para tentar imitar a forma de comunicação da vítima. Outra etapa importante para que o criminoso possa se passar pela vítima é conhecer o parentesco ou relação com a outra vítima. Como fotos, número de telefone e filiação foram expostos na internet, o golpe fica ainda mais fácil de realizar.

Golpes financeiros também tendem a acontecer com mais frequência. Criminosos podem tentar se passar por instituições financeiras e contatar o usuário oferecendo algum bônus ou benefício exclusivo, para assim conseguir coletar senhas ou mais acesso à conta bancária da vítima.

Outro risco apontado pelos especialistas diz respeito às senhas. Como tantas informações vazaram, é possível que o criminosos consigam ter acesso às suas senhas por tentativa e erro – ela pode ser sua data de nascimento, seu endereço residencial, o nome de algum parente ou algum outro documento seu. Esse mecanismo é chamado de ataque de força bruta.

“As pessoas não têm o conhecimento de como preferências pessoais, dados cadastrais ou situações de sua rotina podem ser usadas contra elas”, explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, desenvolvedora de softwares de segurança e antivírus, no Brasil.

Os prejuízos podem ser enormes, inclusive para além do mundo digital. Especialistas apontam que os criminosos podem abrir contas em bancos, emitir cartões de crédito e até mesmo conseguir realizar financiamentos, empréstimos ou saques no nome de outra pessoa.

Outro risco no mundo real apontado pelos especialistas é o golpe envolvendo veículos. Como as informações de mais de 104 milhões de veículos foram vazadas, criminosos podem clonar chassis e placas.

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