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Rio Grande do Sul Presidente licenciado da Câmara Municipal de Veranópolis é denunciado à Justiça por tentativa de homicídio

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Aristeu Caron alegou ser alvo de extorsão por um caminhoneiro. (Foto: Arquivo/Câmara de Vereadores)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) denunciou à Justiça o comerciante e presidente licenciado da Câmara de Vereadores da cidade de Veranópolis (Serra Gaúcha) por tentativa de homicídio qualificado. Na tarde de 20 de setembro, Aristeu André Caron (PTB) atingiu com tiro no rosto um homem que entregava tomates na empresa do parlamentar.

Testemunhas relataram que a vítima havia estacionado um caminhão de hortifrutigranjeiros no local e aguardava a retirada da encomenda. Nesse momento, o político desceu de sua caminhonete, aproximou-se e, sem que houvesse qualquer troca de palavras, desferiu um tiro no rosto do entregador, de 34 anos e oriundo do Paraná.

O autor do disparo fugiu da cena do crime, a sede de sua empresa no bairro Monte Bérico, próximo à rodovia federal BR-470. Em seguida, entrou em contato com um delegado da Polícia Civil e foi convencido a se entregar.

Conforme o promotor responsável pela acusação, Lucio Flavo Miotto, o crime teve como agravantes o motivo torpe e uso de recurso que impediu a defesa da vítima, que acabou sobrevivendo após internação em estado grave na unidade de terapia intensiva de um hospital de Caxias do Sul.

No processo consta que o vereador e empresário, de 49 anos, cometeu o ataque por causa de um desentendimento relacionado ao valor do frete. Mas o caso é polêmico, em uma troca de acusações entre ambas as partes envolvidas.

Alegação

Em depoimento dois dias após o ataque, Caron alegou que seu objetivo era apenas confrontar e assustar o entregador, mas a situação saiu do controle. Motivo: o caminhoneiro estaria cometendo extorsão – mediante ameaças – para que o contratante pagasse preço acima do combinado pelo transporte dos tomates, procedentes do Estado de Goiás.

O vereador – em segundo mandato e que na época presidia o Legislativo municipal – acabou preso preventivamente e liberado menos de uma semana depois, mediante habeas corpus. Pesa a favor dele a descoberta, mediante investigação policial, de registros de troca de mensagens indicando como verdadeira a exigência de valores que extrapolavam o combinado.

Além disso, o homem baleado no rosto tem antecedentes criminais e chegou a ser flagrado com uma porção de maconha durante abordagem realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) enquanto ele conduzia a carga rumo à Serra Gaúcha.

A defesa do entregador nega que tenha havido qualquer forma de pressão contra o parlamentar e comerciante. Ressalta, ainda, que os antecedentes levantados pela Polícia Civil gaúcha se referem a pendências já quitadas com a Justiça.

(Marcello Campos)

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