O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou nesta semana que vai dobrar a quantidade de voos comerciais na Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A partir do dia 10 de junho, a Base Aérea de Canoas terá sua operação dobrada, de 35 para 70 frequências semanais. Em média, serão 10 voos por dia. De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante visita ao Rio Grande do Sul, o governo ainda estuda a possibilidade de habilitar voos noturnos.
O local passou a fazer voos comerciais em razão do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, ter sido fechado após ser atingido pelas enchentes que impactam a cidade.
A decisão de dobrar os voos em Canoas ocorreu após avaliação técnica realizada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e companhias aéreas.
“A gente espera que nas próximas semanas a gente possa seguir ampliando os voos, sobretudo visando a segurança para os passageiros e a aviação. Esse é um momento de unidade, de construção coletiva, de reconstrução. Os aeroportos são fundamentais para a retomada do crescimento econômico do Estado”, disse o governo.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte de Porto Alegre, não recebe voos comerciais desde 3 de maio. Ainda não há previsão de reabertura do local.
A base aérea segue normalmente operando como unidade militar, que centraliza os esforços de resgate e logística de recebimento e destinação de donativos para diversas regiões do Estado.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) avalia receber voos internacionais na Base Aérea de Canoas. Na última segunda-feira (27), o local recebeu o 1º voo comercial desde que foi habilitado depois do alagamento do Salgado Filho.
A proposta de internacionalização da base militar partiu do Ministério de Portos e Aeroportos, que estuda a possibilidade de incorporar voos do exterior a partir de junho. Contudo, a operação precisaria do aval de diversas instâncias federais que atuam no tráfego internacional, como em questões alfandegárias e sanitárias.
De acordo com informações do portal Poder360, a Fraport, administradora do Salgado Filho e das operações comerciais na Base Aérea de Canoas, considera que o local ainda precisaria passar por alterações na infraestrutura para receber voos de fora do País.
Perguntada sobre a possibilidade, a Anac disse que, por ora, os esforços estão voltados para a viabilização das operações domésticas em Canoas e que “posteriormente, serão feitas as avaliações necessárias para uma possível internacionalização da base aérea”.