Sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Carlos Roberto Schwartsmann Eis as minhas joias

Compartilhe esta notícia:

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

No dia 27 de agosto foi inaugurado o centro cirúrgico de alta tecnologia do Hospital Nora Teixeira no Complexo Hospitalar Santa Casa.

O novo bloco terá capacidade de realizar 700 cirurgias por mês.

A construção e aparelhamento do mesmo só foi possível graças a doação de 15 milhões de reais pela família Celso Rigo.

A cultura da filantropia é antiga e muito robusta nos EUA, mas não entre nós.

A senhora Nora Teixeira doou 120 milhões para a construção do hospital que leva seu nome.

Foi o maior gesto filantrópico da história do Rio Grande do Sul. Isto sensibilizou inúmeras famílias que se motivaram a serem doadoras parceiras.

A doação é um gesto de caridade, solidariedade e fraternidade. Fortalece os elos sociais e os laços comunitários. É uma declaração de amor e empatia em benefício de desconhecidos.

A doação, obviamente, nem sempre envolve dinheiro. Na enchente doamos roupas, cobertores e cestas básicas.

Ainda é bom lembrar que doamos sangue, córneas, rins e até corações.

Tempos atrás, uma senhorinha com mais de 90 anos veio a provedoria do hospital e, insistentemente, apesar de barrada pelos guardas, explicou que desejava conversar com o diretor máximo da instituição.

De nada adiantou a explicação da secretária que o Provedor Alfredo estava em reunião administrativa com seus vices.

De tanto insistir conseguiu adentrar e interromper a reunião. Talvez, pela casmurrice, imaginavam que a idosa iria despejar queixas contundentes contra o nosocômio.

Mas antes mesmo de se apresentar e interpelar os três surpresos ouvidores, abriu uma sacola e expôs uma pequena bolsinha enrolada num plástico de supermercado: “Venho até aqui para dar um presente a esta instituição misericordiosa. Estas são minhas joias! Fiquei viúva há muitos anos e não tenho filhos!”

Estas joias não conseguem mais me enfeitar, mas tenho certeza de que com o valor delas, a Santa Casa poderá beneficiar a saúde de algumas pessoas!

Eis as minhas joias!

Cada um doa o que pode!

(Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário – schwartsmann@santacasa.org.br)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Carlos Roberto Schwartsmann

Panorama Político
Lembranças que ficaram (38): “Temos cerveja, porém gelada”
https://www.osul.com.br/1792026-2/ Eis as minhas joias 2024-09-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar

Carlos Roberto Schwartsmann Rio de Janeiro: lindo, mas assustador

Carlos Roberto Schwartsmann A Misericórdia!

Carlos Roberto Schwartsmann Brasil na contramão do horário de verão!