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Notícias 2025 vai antecipar debates da eleição presidencial de 2026

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Articulações sobre alianças e costuras de candidaturas devem se intensificar ao longo do ano. (Fotos: Rovena Rosa/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Embora 2025 não seja um ano eleitoral, os próximos 12 meses vão dar importantes sinais para a sucessão presidencial de 2026, assim como para a disputa pelos governos estaduais e renovação do Congresso. As articulações para formar alianças e costurar candidaturas, comuns em anos pré-eleitorais, devem se acentuar ainda mais diante de incertezas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível e investigado por tentativa de golpe de Estado, em 2022.

O cenário pré-eleitoral também considera se o atual ocupante do Palácio do Planalto terá condições para tentar um inédito quarto mandato na Presidência da República. A saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos principais assuntos do fim de 2024. Ao bater a cabeça em uma queda, em outubro, ele passou por duas intervenções cirúrgicas para drenar um coágulo e impedir a formação de novos.

A idade avançada do petista para o próximo pleito também já era alvo de apreensão. Em 2026, Lula completará 81 anos. Com a mesma idade, o presidente americano Joe Biden abdicou de disputar a reeleição, no ano passado, depois de apresentar fragilidades cognitivas. “Nos 40 anos da democracia brasileira, Lula disputou seis vezes. Não estamos falando do envelhecimento de uma pessoa qualquer”, diz Jairo Nicolau, professor e pesquisador da FGV Cpdoc.

Se de fato se candidatar e vencer o pleito, Lula terminaria uma próxima gestão com 85 anos. Isso intensifica o debate sobre quem assumirá seu lugar como líder da esquerda e quando essa sucessão deve ocorrer. Para Nicolau, o petista “ainda tem um rol de nomes óbvios para apresentar” como sucessores.

Pelo lado de Bolsonaro, especialistas consideram que dificilmente o líder bolsonarista reverterá a inelegibilidade por causa dos desdobramentos do inquérito da tentativa de golpe, que ceifaram, ao menos por ora, qualquer projeto no Congresso de anistia que possa beneficiar o ex- presidente. Sem Bolsonaro como candidato, abriu-se uma fragmentação na direita para herdar o capital político dele.

Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), já tornaram público o desejo de serem presidenciáveis, assim como nomes da antipolítica, como o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o cantor Gusttavo Lima (sem partido). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como o herdeiro natural de Bolsonaro, entretanto, tem falado que prefere concorrer à reeleição.

“Bolsonaro não exerce liderança política forte para indicar um herdeiro. O que precisamos ficar de olho é se a direita vai se organizar numa candidatura única ou se vai sair fragmentada”, afirma a cientista política Lara Mesquita, professora da FGV EESP.

A especialista, contudo, alerta que alguns nomes que se colocam como pré-candidatos de forma antecipada têm outro interesse para além da disputa ao Planalto. “Essa estratégia de se colocar como pré-candidato à Presidência não necessariamente tem o objetivo final de concretizar a candidatura, mas sim ter visibilidade. Para alguns, pode ser para negociar uma saída para o governo estadual. Para outros, uma candidatura ao Senado ou conseguir uma legenda forte e tentar sair como candidato a deputado”, diz.

Ainda em relação ao ex-presidente, há expectativa se o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar o caso da tentativa de golpe em 2025. O processo está nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pode apresentar denúncia, arquivar a ação ou solicitar novas investigações.

O diretor da Quaest, Felipe Nunes, afirma que é impossível fazer qualquer previsão se o Supremo conseguirá ou não julgar a tentativa de golpe. O caso é visto como um processo complexo, e açodamentos ou politização exagerada podem atrapalhar a conclusão. “Quanto menos o assunto for politizado, melhor para o país”, diz.

Nunes avalia que, mesmo com a corrida dividida para suceder a Bolsonaro como líder da direita, dificilmente uma eventual condenação fará com que outros políticos desse campo se afastem dele:

“A direita radical liderada por Bolsonaro provou ser muito competitiva eleitoralmente e uma condenação ou eventual prisão do ex-presidente não deve mudar isso. Assim como não mudou a força do PT com a prisão de Lula. Duvido que algum candidato da direita se viabilize sem o apoio de Bolsonaro”, afirma.

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