O vencedor do Prêmio Nobel da Paz 2024 será anunciado na manhã desta sexta-feira (11). Especialistas indicam que duas organizações e uma autoridade estão entre os nomes cotados para receber a honraria neste ano. São eles: António Guterres, secretário-geral da ONU, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e o Tribunal Internacional de Justiça (ICJ).
Neste ano, 286 pessoas foram indicadas para o prêmio, incluindo o papa Francisco. No entanto, a lista completa é mantida em sigilo por 50 anos. A decisão final é dada pelo Comitê Norueguês do Nobel, composto por cinco pessoas nomeadas pelo Parlamento da Noruega.
Diante do histórico, o comitê pode surpreender no anúncio da decisão desta sexta-feira, incluindo a possibilidade de não conceder o prêmio. Isso já aconteceu 19 vezes, sendo a última em 1972.
Segundo o testamento de Alfred Nobel, o Nobel da Paz deve ser entregue para a pessoa “que mais ou melhor tenha promovido a fraternidade entre as nações, a abolição ou redução de exércitos permanentes e o estabelecimento e promoção de congressos de paz”.
Neste ano, o vencedor do prêmio receberá US$ 1,1 milhão (R$ 6 milhões), além de um diploma e uma medalha de ouro.
No ano passado, a vencedora do prêmio foi Narges Mohammadi, voz da revolução feminina no Irã.
Especialistas indicam que o comitê pode entregar o prêmio ao secretário-geral António Guterres com o objetivo de fortalecer a ONU. Atualmente, as Nações Unidas enfrentam um processo de desgaste, diante da incapacidade de mediar e evitar conflitos.
Outra possibilidade seria o ICJ, que condenou a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia e pediu a Israel que garantisse que nenhum genocídio fosse cometido em Gaza.
Já a UNRWA é vista como uma organização importante para o resgate e atendimento de civis palestinos afetados pela guerra na Faixa de Gaza. No entanto, a escolha da agência poderia se mostrar controversa, já que Israel acusa alguns membros do órgão de envolvimento com o Hamas.
Casas de apostas também indicam os nomes de Volodymyr Zelensky, presidente da ucrânia, e de Alexei Navalny, opositor russo. No caso de Navalny, não há possibilidades de que ele receba a honraria, já que o prêmio não é entregue postumamente.
Para Dan Smith, chefe do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, uma possibilidade seria não entregar o Nobel da Paz, já que o mundo vive um período conflituoso.