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Rio Grande do Sul 30% dos gaúchos pensam em mudar de endereço para fugir de eventos climáticos extremos

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Pesquisa apontou ainda que 80% dos gaúchos acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos

Foto: Agência Brasil
Pesquisa apontou ainda que 80% dos gaúchos acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos. (Foto: Agência Brasil)

30% dos gaúchos consideram mudar de endereço para evitar problemas com eventos climáticos extremos, como as enchentes que castigaram o Rio Grande do Sul em maio.

A tragédia aumentou a preocupação de 80% dos moradores de cidades gaúchas com as emergências climáticas, e 41% afirmam que o episódio afetou de alguma forma o desejo de se mudar do local onde vivem atualmente.

Os dados são da pesquisa “Impacto de Eventos Climáticos na Moradia no Brasil”, realizada pela startup Loft em parceria com a Offerwise. O levantamento foi realizado de forma on-line entre os dias 4 e 7 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

“Apesar do percentual considerável de pessoas que pensam em se mudar, menos de um quarto têm confiança de que teriam os recursos necessários para fazer a mudança. Chama a atenção também o percentual de moradores do Estado que não pensa em se mudar: 70%. Ele é maior do que o observado em Estados que não foram afetados por enchentes e inundações nas últimas semanas”, afirmou o gerente de Dados da Loft, Fábio Takahashi.

O gerente aponta duas possíveis explicações para esse percentual: um sentimento de reconstrução após a tragédia e o perfil socioeconômico. “No País como um todo, a classe A demonstrou menos interesse em se mudar devido a eventos extremos. E essa população é mais representativa no Rio Grande do Sul do que em outros Estados”, explicou Takahashi.

No cenário de uma eventual mudança, as características que os gaúchos consideram mais importantes para evitar problemas com episódios alarmantes são: distância de encostas e morros (67%), distância de corpos d’água, como rios, lagos, represas etc. (65%) e a existência de um sistema de monitoramento e alerta de eventos climáticos atípicos (55%).

O estudo apontou ainda que 80% dos gaúchos acreditam que suas moradias já são afetadas por eventos climáticos extremos. Analisando por tipo de evento, 69% afirmaram que já foram atingidos ou têm alguém próximo que já foi afetado por inundações e/ou enchentes. Outros 37% relataram ter enfrentado tempestades severas – as duas opções mais citadas.

Em nível nacional, 62% dizem que eventos climáticos extremos afetam suas moradias, e os eventos mais citados foram inundações e/ou enchentes (32%) e ondas de calor (31%).

“Em todos os recortes que fizemos, incluindo classe social, mais da metade dos brasileiros afirmaram já terem sentido o efeito de algum evento climático extremo”, concluiu Takahashi.

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