Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2017
O ministro do Interior da Itália, Marco Minniti, comemorou a prisão do mafioso italiano Vincenzo Macri, efetuada pela Polícia Federal no aeroporto de Guarulhos na sexta-feira. Minniti telefonou para o chefe da Polícia italiana, Franco Gabrielli, a fim de parabenizar a operação internacional.
A força-tarefa foi coordenada pela Procuradoria Antimáfia de Reggio Calábria e executada pelo Serviço Central Operacional da Polícia de Estado, pela Equipe Móvel de Reggio Calábria e pela polícia brasileira com a parceria do Serviço para a Cooperação Internacional da Polícia e da Interpol.
Quem também se manifestou foi a presidente da Comissão Antimáfia da Itália, Rosy Bindi, que afirmou que a prisão foi “um resultado extraordinário”. Segundo ela, trata-se “de mais uma prova da determinação com a qual nossas instituições combatem a ‘ndrangheta e não dão trégua aos seus fugitivos”.
“A operação é ainda uma confirmação da importância de desenvolver e reforçar a cooperação internacional contra a criminalidade organizada, em particular, a ‘ndrangheta que é projetada com seus tráficos ilícitos por todo o mundo”, disse ainda a líder da Comissão agradecendo o trabalho das autoridades italianas.
Nascido em Siderno, na região de Reggio Calábria, Vincenzo Macri era um dos principais expoentes do clã Commisso da máfia ‘ndrangheta. Ele estava há anos na lista dos foragidos mais perigosos do Ministério do Interior da Itália.
Macri é filho de Antonio Macri, líder carismático do clã e considerado “o chefe de dois mundos”. Ele era particularmente influente no Canadá e nos Estados Unidos e foi assassinado em uma emboscada em Siderno, em maio de 1975, no âmbito da famosa “primeira guerra da ‘ndrangheta”.