O cantor 50 Cent recusou uma oferta de US$ 3 milhões, o equivalente a R$ 17,2 milhões, para se juntar a Donald Trump no controverso comício que o postulante à presidência dos EUA realizou em Nova York, na última terça-feira (29). Na ocasião, o candidato republicano à Casa Branca recebeu o humorista Tony Hinchcliffe, que zombou de latinos (“Eles adoram fazer bebês”, afirmou o comediante), parodiou judeus e palestinos e propagou colocações racistas, alegando que Kamala Harris tem o “QI baixo” e que Porto Rico é uma “ilha flutuante de lixo no meio do oceano”.
O rapper 50 Cent, que já demonstrou admiração pelo ex-presidente Trump, falou sobre a oportunidade durante uma entrevista ao programa “The breakfast club power”. Ele confirmou que “recebeu uma ligação” com uma proposta para o tal comício e que também foi convidado pela equipe do político e empresário para apresentar a música “Many men (wish death)” durante a convenção nacional do Partido Republicano deste ano por uma quantia similar.
“Eu nem sequer fui muito longe”, disse o cantor e compositor, cujo nome verdadeiro é Curtis Jackson. “Não conversei com eles sobre essas coisas. Tenho medo de política. Fico receoso com esse tema. É porque quando você se envolve nisso, independentemente de como você se sente, sempre há alguém que discorda de você com paixão”, acrescentou o artista.
Música de 2003 acompanhada de um clipe sobre episódio em que 50 Cent foi alvejado com nove tiros numa tentativa de assassinato em 2000, “Many men (wish death)” se tornou um hino para Trump e seus seguidores após o atentado sofrido pelo ex-presidente, em julho, durante um comício na Pensilvânia.