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Câmara aprova PEC que permite atividade agropecuária e florestal em terras indígenas

Principal alvo de explorações ilegais, as terras indígenas são, hoje, a última fronteira na conservação ambiental. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 187/16) que prevê atividades agropecuárias e florestais em terras indígenas foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (27). Foram 33 votos a favor, 18 contra e uma abstenção.

O texto prevê que comunidades indígenas podem, de forma direta, exercer atividades agropecuárias e florestais em suas terras, com autonomia para a administração dos bens e comercialização dos produtos. É necessário, para isso, que seja respeitada a legislação vigente para tais práticas.

A Constituição Federal de 1988 nos moldes atuais não cede permissão para as atividades. Por isso, deve ser incluso um parágrafo ao artigo 231 da CF. Conforme o deputado Vicentinho Júnior (PR-TO), a Constituição não previa essa possibilidade às tribos indígenas e elas acabam sendo as mais prejudicadas por não poderem produzir em suas próprias terras.

Para seguir a tramitação, é necessário que seja criada uma comissão especial para tratar do tema. No entanto, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nessa segunda-feira (26) que ela não será criada caso haja “alguma polêmica”. “Se for algo que sinaliza com alguma polêmica, com algum encaminhamento que gere mais narrativas negativas para o Brasil, é claro que ela vai ficar onde está, apenas aprovada na CCJ”, declarou o deputado.

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