Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 28 de julho de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A distribuição de milhões de reais aos governadores e prefeitos de todo o País para o enfrentamento da pandemia do coronavírus e a permissão para compras sem licitação gerou no Brasil inteiro uma onda de casos de corrupção.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, no inicio do mês de abril, já prenunciava que a liberação dos recursos e a decisão do STF de deixar o Governo Federal fora da gestão, que ficou com governadores e prefeitos, era o prenúncio de uma”farra eleitoral”.
Com recursos sendo liberados a fundo perdido pelo presidente Jair Bolsonaro para muitos gestores, o prolongamento da epidemia lamentavelmente torna-se um ótimo negócio. Estima-se que o Governo Federal já tenha liberado, desde março, R$ 1,3 trilhão de reais para o enfrentamento ao coronavírus.
Jair Bolsonaro diz que “acabaram com o emprego”
O presidente Jair Bolsonaro criticou ontem a insistência de governantes em fecharem a atividade econômica, destruindo empresas e empregos e causando um dano que, segundo ele, “será maior que o dano causado pelo vírus”. Segundo o presidente, “preciso resolver muitos problemas que outros fizeram para botar no meu colo. Acabaram com o emprego no Brasil. Tem que trabalhar para recuperar isso aí”.
Governadores de esquerda agora pedem a Bolsonaro apoio para recuperar empregos
Depois de liderar os governadores de esquerda no Nordeste no plano de fechamento da economia que destruiu empresas e empregos, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), está sugerindo uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Ele quer o apoio do presidente para recuperar os empregos que o “Fica em Casa” destruiu no Nordeste. A proposta do governador comunista tem o pomposo nome de Pacto Nacional pelo Emprego.
Prefeitos gaúchos temem “armadilha” na autonomia para decidirem
O desmoronamento do chamado Modelo de Distanciamento Controlado aplicado no Rio Grande do Sul, que não tem conseguido achatar a curva de avanço do coronavírus, faz com que o governador Eduardo Leite tente repassar aos prefeitos a responsabilidade pelo “abre e fecha” da economia. Oficialmente, a proposta quer dar maior autonomia aos prefeitos na definição de medidas restritivas. O Estado continuará realizando o cálculo semanal dos indicadores que compõem o modelo, com a divulgação das bandeiras às sextas-feiras. Muitos prefeitos temem que seja uma armadilha para transferir a eles, às vésperas das eleições municipais, a responsabilidade pela ineficiência do modelo.
Modelo tem pouca base científica
O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Marcelo Matias, avalia que o Modelo de Distanciamento Controlado, aplicado pelo governo gaúcho, “tem base científica pífia”. Sobre ele, “não existem estudos científicos confiáveis”, comenta.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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