Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2020
Durante as próximas duas semanas, o transporte público e os voos locais serão interrompidos
Foto: ReproduçãoO governo das Filipinas voltará a confinar a partir de terça-feira (04) mais de 27 milhões de pessoas, o que representa quase 25% da população do país, depois que associações médicas alertaram que a nação estava perdendo a batalha contra o novo coronavírus.
Desde o início de junho, quando a maior parte do país saiu de um dos confinamentos mais longos e estritos do planeta, os contágios multiplicaram por cinco, superando 100.000 casos.
No domingo (02) à noite, o presidente Rodrigo Duterte anunciou um novo confinamento na capital, Manila, assim como em quatro províncias próximas, na ilha de Luzon.
Durante as próximas duas semanas, o transporte público e os voos locais serão interrompidos. As autoridades pediram à população que permaneça em casa e que as pessoas saiam apenas para comprar produtos de primeira necessidade ou fazer exercícios.
Apenas um número limitado de empresas pode prosseguir com as atividades. Os restaurantes não serão autorizados a fazer entregas a domicílio. “Não conseguimos estar à altura. Ninguém esperava isso”, afirmou o presidente Duterte, que rejeitou os pedidos para demitir o ministro da Saúde, Francisco Duque.
No sábado (01), 80 associações de médicos alertaram em uma carta aberta ao presidente que o país estava perdendo a batalha contra a Covid-19 e pediram ao chefe de Estado o retorno de um confinamento mais estrito, no momento em que os contágios aumentam e que os hospitais, lotados, rejeitam pacientes.
Nesta segunda-feira (03), as associações receberam de maneira favorável a decisão do presidente por considerar que deve representar um alívio aos profissionais da saúde. As autoridades filipinas anunciaram o recorde de 5.032 casos no domingo. O país registra quase 2.000 mortes provocadas pela Covid-19.