Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2020
Marchezan conversou com empresários por videoconferência, como tem feito ultimamente em função da pandemia.
Foto: Cesar Lopes/PMPAO prefeito Nelson Marchezan Júnior se reuniu nesta terça-feira (3), com representantes de entidades empresariais para discutir as medidas de retomada das atividades econômicas na Capital, e apresentou um plano de retorno escalonado das atividades econômicas.
Marchezan explicou que há alguns dias a estrutura de saúde tem registrado uma leve estabilizada na demanda por leitos de UTI, embora o percentual de ocupação ainda seja elevado. Na tarde desta terça-feira, dos 812 leitos de UTI em operação em de Porto Alegre, 710 (89,3%) estavam ocupados, sendo que 359 (50%) são de pacientes confirmados (315) ou suspeitos (44) de Covid-19.
A proposta da prefeitura é definir um calendário para a retomada escalonada das atividades econômicas na cidade. “A liberação é por semana, de acordo com perigo de contágio, volume de circulação, semelhante com o que foi feito em abril, uma progressão semanal”, afirma Marchezan.
Para possibilitar que o plano de reabertura contemple os setores de maneira equilibrada e sem colocar em risco o sistema de saúde do município, os empresários decidiram se reunir de forma setorial e discutir as propostas apresentadas pelo prefeito.
Entenda o caso
Mais de vinte entidades de Porto Alegre encaminharam carta ao prefeito Nelson Marchezan Júnior exigindo a reabertura do comércio, independente do porte, bares, restaurantes e prestadores de serviços, além de atividades de construção civil para evitar “colapso”. O documento, encaminhado no sábado (1º) e divulgado no domingo (2), sugere horários e protocolos.
A pressão acontece após a liberação dos jogos do Campeonato Gaúcho em Porto Alegre. Segundo as entidades, “prefeitura deu o circo com a volta do futebol, mas o varejo agora quer o pão”.
Na sexta-feira (31) as entidades já haviam manifestado seu desapontamento com a decisão da prefeitura sobre os jogos, enquanto o comércio segue, na sua maioria, fechado em Porto Alegre.
Segundo as entidades, se o lazer está com flexibilizações e argumenta motivos econômicos, o comércio também tem as suas razões.
Na ocasião em que anunciou a liberação dos jogos no Beira-Rio e na Arena, realizados neste domingo, Marchezan afirmou que iria voltar a conversar com os empresários para elaborar um retorno, mas os prazos fizeram com que as entidades se adiantassem.
“Seguimos na próxima semana as reuniões com diversos setores na busca de alternativas para possível retomada gradual das atividades nos próximos 60 dias. Inicialmente as reuniões serão com os setores da indústria, comércio, serviços, construção civil, alimentação, hospedagem, supermercadistas, shoppings centers, transporte, religiosos e imprensa”, disse o prefeito na última sexta-feira sobre as reuniões previstas.
“A flexibilização só será possível se alcançarmos as metas estabelecidas para os indicadores de circulação e saúde. Os resultados favoráveis dependem do engajamento de todos: setor público, sociedade civil, imprensa e população”, resumiu na ocasião.