Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2020
O balanço diário do Ministério da Saúde – divulgado nesta quarta-feira (5) – mostra que o Brasil tem 2.859.073 casos acumulados de Covid-19. Desse total, 70,7% se recuperaram da doença, ou seja, 2.020.637 pessoas; 97.256 faleceram e 741.180 pacientes estão em tratamento.
Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.437 óbitos e notificados 57.152 novos casos de Covid-19.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,4%, mesmo percentual de dias anteriores. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 46,3. A incidência dos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes é de 1.360,3.
O Brasil mantém-se em segundo lugar no ranking mundial em número de casos e de óbitos relacionados à pandemia. A liderança é dos Estados Unidos. De acordo com o mapa da universidade Johns Hopkins, o país possui 157.690 mortes e 4.811.128 casos acumulados.
Vacina em janeiro
O primeiro lote de 15 milhões de vacinas contra o novo coronavírus produzido pela farmacêutica britânica AstraZeneca e com previsão de chegar ao Brasil em dezembro será liberado a partir de janeiro de 2021. Mas isso não quer dizer necessariamente que a vacina, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), começará a ser aplicada nos postos de saúde imediatamente.
As informações foram dadas por integrantes da Fiocruz e do ministério em audiência realizada pela comissão da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate à pandemia.
Os prazos ainda são incertos porque dependem de outros fatores, como por exemplo logística e a obtenção de registro na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já o processo de transferência de tecnologia para o Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, deve ser concluído, de acordo com as mesmas fontes, no primeiro trimestre de 2021.
Questionado, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, não quis se comprometer com datas específicas. Mas afirmou que, uma vez liberada a vacina, o governo federal consegue levar as doses aos postos de saúde dos municípios mais afastados num prazo de 15 a 20 dias.
“Na data de hoje, nos parece muito precoce falarmos exatamente da data em que haverá essa vacinação. Mas a capilaridade de distribuição do nosso SUS [Sistema Único de Saúde] é histórica no nosso País”, disse o secretário.
O diretor do Instituto Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, afirmou na mesma audiência que 30 milhões de doses devem ficar prontas até fevereiro, caso a vacina da AstraZeneca esteja registrada:
“Levando em consideração que a gente vai começar a produção de 15 milhões (de doses) em dezembro, e considerando o tempo de controle de qualidade, a gente acredita que comece a liberar estas primeiras doses a partir de janeiro. E os outros 15 milhões que serão produzidos em janeiro, a partir de fevereiro. Obviamente que vai depender de a vacina estar registrada para que ela possa ser usada.”