Sábado, 01 de março de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2020
Protestos violentos tomaram conta das ruas de Beirute
Foto: Reprodução de TVMilhares de pessoas protestaram contra o governo do Líbano neste sábado (08) em Beirute. Elas culpam as lideranças políticas do país, que enfrenta uma grave crise econômica, pela grande explosão que matou mais de 150 moradores da cidade e deixou 6 mil feridos na terça-feira (04).
Os manifestantes, que tentaram invadir o Parlamento do país e entraram em confronto com a polícia, cobram das autoridades a responsabilidade pela tragédia, uma vez que o depósito com nitrato de amônio no porto não havia sido devidamente fiscalizado para evitar a explosão.
Diversas pessoas invadiram ministérios do governo do Líbano e danificaram os escritórios da Associação de Bancos Libaneses. Pelo menos um policial foi morto durante os conflitos e centenas de pessoas ficaram feridas.
Um líder da oposição defendeu que todos os parlamentares renunciem para que a população possa decidir como e quem deve ajudar a conduzir o país em seu processo de recuperação. O presidente Michel Aoun é acusado de negligência por libaneses revoltados com a explosão.
Na quinta-feira, em visita histórica a Beirute, o presidente da França, Emmanuel Macron, acenou com a realização de uma conferência internacional para levantar fundos para a reconstrução da cidade. Ele fez menção à corrupção do sistema político do país árabe. “Essa ajuda, eu garanto, não vai acabar em mãos corruptas. Vou falar com todas as forças políticas para pedir um novo pacto”, disse Macron.