Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Flavio Pereira | 17 de agosto de 2020
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A mais recente pesquisa do DataFolha, instituto ligado à jornal Folha de S.Paulo apontando que a gestão do presidente Jair Bolsonaro é aprovada por 37%, na verdade possui um índice maior de aprovação. Somados os 27% daqueles que avaliaram o desempenho de Bolsonaro como regular, a opinião favorável dos eleitores sobe pra 64%. Esta é a melhor avaliação do presidente desde o início do mandato, em janeiro de 2019. Esses números causam um efeito devastador no Congresso Nacional onde Deputados e Senadores são seduzidos por índices de popularidade. Isso tende a ampliar o apoio de Jair Bolsonaro no Congresso para a aprovação de propostas importantes pra o país.
PEC reduz para 70 anos aposentadoria compulsória no STF
Este novo cenário deu esperanças à deputada Bia Kicis (PSL-DF) de acelerar no Congresso, a PEC 159 (Proposta de Emenda Constitucional) de sua autoria, que revoga a Emenda Constitucional 88, resultante da chamada PEC da Bengala, que aumentou de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória dos ministros. A deputada comenta que “a elevação de idade para aposentadoria compulsória, além de não proporcionar à administração pública qualquer benefício considerável, revelou-se extremamente prejudicial para a carreira da magistratura, que ficou ainda mais estagnada do que já era”.
Quatro vagas para Jair Bolsonaro indicar só no STF
Caso a PEC da deputada Bia Kicis restabelecendo a aposentadoria compulsória aos 70 anos passe pelo Congresso, o presidente Jair Bolsonaro, ao invés de duas vagas – Celso de Mello este ano, e Marco Aurélio de Mello em 2021 – poderia substituir imediatamente quatro ministros do STF, somando-se Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que já possuem mais de 70 anos. No STJ (Superior Tribunal de Justiça) também seriam abertas imediatamente novas vagas.
A Rachadinha da Rede Globo, segundo a revista Veja
Em seu site, a revista Veja publica a informação de que o doleiro Dario Messer em sua delação premiada teria relatado entregas periódicas de dólares a Roberto Irineu Marinho, presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo, e João Roberto Marinho, vice-presidente da Rede Globo. Na delação homologada na quarta dia 12, com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, Dario Messer citou supostos serviços prestados para a família Marinho, dona da Rede Globo. A notícia é negada pelos dois executivos da Rede Globo em nota oficial onde informa que ambos “nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras”.
O comentário de Jair Bolsonaro
Há poucos dias, o jornal O Globo publicou com destaque, em dados vazados do processo de Fabrício Queiroz, que membros da família do presidente Jair Bolsonaro movimentaram, em 24 anos, R$ 1,5 milhão em dinheiro vivo (o que dariam cerca de R$ 62 mil por ano) , empregados em transações imobiliárias e no pagamento de despesas pessoais. Jair Bolsonaro neste domingo, por sua vez, publicou no Twitter um trecho da noticia da Veja sobre o doleiro Dario Messer, e fez uma estimativa de valores no caso da notícia da delação envolvendo os dirigentes da Rede Globo:
30 anos = 360 meses
3 X por mês = 1080 vezes
1080 x U$ 300 mil
U$ 324.000.000,00
U$ 1,00 = R$ 5,42
R$ 1,75 bilhão é o valor que pode ter sido repassado, em dinheiro vivo à família Marinho da Globo, segundo o doleiro Dario Messer.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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