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Rio Grande do Sul Professores gaúchos protestaram em frente ao Palácio Piratini contra o retorno das aulas presenciais já no mês que vem

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Cpers-Sindicato considera que não há segurança sanitária para reabertura das escolas em breve. (Foto: Divulgação/Cpers-Sindicato)

Cena comum em Porto Alegre nos últimos anos, a área em frente ao Palácio Piratini voltou a ser palco de manifestação de professores estaduais, na manhã desta quarta-feira (19). Mas a pauta não incluiu o já tradicional pedido de aumento salarial para a categoria e sim o repúdio da categoria à ideia de retomada das aulas presenciais a partir do fim do mês, sugerida recentemente pelo governo gaúcho.

O ato simbólico contou com dezenas de participantes, incluindo representantes do Cpers-Sindicato, comunidade escolar e centrais de trabalhadores. “Escolas Fechadas, Vidas Preservadas!” era a palavra-de-ordem, reiterada por mensagens em cartazes, faixas e cruzes – o grupo não pode ocupar a Praça da Matriz, cujos acessos estão bloqueados por tapumes devido a obras de recuperação do local.

Além do Centro Histórico da Capital, a iniciativa foi repercutida por meio de manifestações em frente a prefeituras e CREs (Coordenadorias Regionais de Educação) de diversas regiões do Estado. A lista incluiu Caxias do Sul, Cachoeira do Sul, Lajeado, Palmeira das Missões, Pelotas, Rio Grande, Rio Pardo, Santa Maria, Santana do Livramento, Santiago, Soledade e Venâncio Aires.

Na avaliação do Cpers, a ideia de reabertura das escolas a partir de 31 de agosto (a começar pela Educação Infantil) é incompatível com as diretrizes de prevenção ao coronavírus e contraria o resultado de uma consulta realizada pelo próprio Executivo junto a Secretarias, conselhos municipais e entidades do setor empresarial.

“Estamos aqui para afirmar a nossa posição de não aceitar o retorno às aulas agora, pois não seremos cobaias para o governo ver o que acontece com a curva de casos da doença caso as escolas sejam reabertas”, criticou a presidente da entidade, Helenir Schürer. “O governo sabe mas finge desconhecer os riscos que essa decisão implica. Nesse momento, manter escolas fechadas é preservar vidas.”

Além do Cpers-Sindicato, AMPD (Associação Mães e Pais pela Democracia) e Umespa (União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas), o protesto na rua Duque de Caxias em frente à sede do governo do Estado contou com a participação da Uges (União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas), Aoergs (Associação de Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

Famurs

Também nesta quarta-feira, o presidente da Famurs, Maneco Hassen, realizou nova rodada de debates on-line sobre o assunto com o governo do Estado e representantes das 27 associações da federação, além do subprocurador-Geral de Justiça Marcelo Dornelles, do diretor-geral do TCE (Tribunal de Contas do Estado), César Luciano Filomena. O MP (Ministério Público) também participou.

A Famurs reiterou sua contrariedade a uma volta às aulas em breve, conforme deliberado na véspera em assembleia-geral. “A posição da entidade, neste momento, é de inviabilidade”, frisou Maneco, que é prefeito de Taquari. “Não há notícias de diminuição de casos para as próximas semanas e persistem questões práticas que preocupam os gestores, como transporte escolar e contratações.”

Uma das proposições da Federação é de que, neste momento, o Estado não transfira a responsabilidade aos gestores municipais sobre a decisão, de forma individual, de reabertura das instituições de ensino (caso a decisão fique a cargo do Palácio Piratini, os municípios poderão ou não adotar medidas mais restritivas sobre o retorno das aulas).

A Famurs também propôs que o diálogo seja retomado quando os números de casos de covid-19 diminuam de forma consistente. De acordo com a secretária de Saúde, Arita Bergmann, não há uma previsão para queda dos casos: “Não há uma resposta objetiva sobre a data em que teremos segurança 100%, de que terminou a epidemia. Temos muitas dúvidas ainda, mas estamos monitorando”.

Com relação a pressão das escolas privadas de Educação Infantil, a sugestão da Famurs é de que o Banrisul disponibilize uma linha de crédito para financiamento com juros subsidiados até o fim do ano.

As propostas apresentadas pela Famurs serão discutidas nesta quinta-feira (20/8) em reunião com a equipe do governo e com as secretarias de Articulação e Apoio aos Municípios, de Educação, de Saúde e de Justiça e Cidadania. O debate entre Famurs e governo do Estado será retomado na próxima terça-feira (25/8).

(Marcello Campos)

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