Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2020
Após consultar o Comitê de Análise de Dados da Covid-19, o titular da Seapdr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural), Covatti Filho, anunciou a liberação do retorno de atividades e provas campeiras em municípios sob bandeira amarela (baixo risco epidemiológico para coronavírus) ou laranja (médio) no sistema de distanciamento controlado. O aval é da coordenadora do colegiado, Leany Lemos.
É o caso dos tradicionais tiro-de-laço e gineteada. As provas devem seguir restrições de decretos estaduais, as normas da SES (Secretaria Estadual da Saúde) e, especialmente, a Nota Informativa 18 COE/SES-RS, do Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde), de 13 de agosto de 2020.
O documento lista 42 recomendações que devem constar nos protocolos das competições esportivas a serem realizadas em território gaúcho, dentre as quais a proibição de público externo. A autorização final ficará a cargo do município sede da competição.
De acordo com o secretário, as competições devem apresentar um plano de contingência para prevenção e controle ao coronavírus. “É possível retomar a realização das provas campeiras, desde que todos os protocolos de prevenção à saúde sejam rigorosamente cumpridos”, ressaltou.
Impacto econômico
Covatti Filho também ressalta o impacto econômico que o veto vinha causando ao segmento, no qual trabalham locutores, profissionais do laço e fornecedores de vestimentas e equipamentos, por exemplo. “Por não se tratar de um esporte de contato, o pessoal vai conseguir manter o distanciamento necessário”, aposta.
O vice-presidente campeiro do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho), Adriano Pacheco, avalia que a liberação contempla o pedido encaminhado na véspera pela entidade. De fato, a resposta do governo a essa reivindicação da entidade saiu melhor que a encomenda, já que a solicitação mencionava uma autorização a partir de 1º de outubro.
“As provas campeiras vão muito além da cultura e tradição, elas envolvem um setor econômico que está parado desde o início da pandemia e precisa retomar as atividades”, salientou.
Na mesma linha, o vice-presidente da Administração e Finanças da entidade, César Oliveira, ressalta que o pedido de continuidade controlada das atividades campeiras é fundamental para a retomada da atividade econômica que abrange todo o Rio Grande do Sul:
“É preciso fazer girar a engrenagem lentamente de forma muito criteriosa, não a deixando parada. Precisamos avançar, porém tomando o máximo de precauções e, conscientemente, cada um, desde o gestor municipal até o laçador, assumir a sua devida responsabilidade”.
(Marcello Campos)
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