Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2015
A Hungria anunciou ontem que sua polícia prenderá quem se infiltrar no país a partir do dia 15 deste mês, quando entrarão em vigor novas leis que estabelecerão penas de até cinco anos de prisão para quem cometer essa infração.
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán também denunciou que alguns refugiados se negam a cooperar com a polícia, o que viola as normas nacionais. “Considerando-se que estamos diante de uma rebelião de imigrantes ilegais, a polícia tem feito o seu trabalho de uma forma notável, sem usar a força”, disse Orbán.
As novas leis são uma tentativa de aliviar a pressão migratória que o país registra há meses, na qual mais de 160 mil refugiados passaram pela fronteira com a Sérvia. A maioria com a intenção de continuar rota rumo à Áustria e Alemanha. O pacote prevê a criação de uma faixa de 60 metros a partir da fronteira chamada “zona de passagem”, que só será aberta rumo à Sérvia e onde será realizado o registro dos refugiados ou imigrantes.
Condições desumanas
Um vídeo gravado de maneira sigilosa dentro do maior campo de migrantes na Hungria, na fronteira com a Sérvia, mostra as condições desumanas da distribuição de alimentos. O vídeo, filmado por uma voluntária austríaca que trabalhou no campo de Roszke, mostra 150 migrantes dentro de um cercado em um grande salão. Eles tentam desesperadamente pegar os sanduíches jogados por policiais húngaros. Entre a multidão estão mulheres e crianças, que tentam segurar os sanduíches jogados no local, enquanto as pessoas que estão mais ao fundo tentam de todas as formas chamar a atenção das pessoas que distribuem comida. (AG)