Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2020
Roberto de Assis Moreira, irmão e empresário de Ronaldinho, recebeu uma condenação de 2 anos em suspenso, e ambos poderão deixar o Paraguai.
Foto: Reprodução/TwitterA Justiça do Paraguai concedeu liberdade nesta segunda-feira (24) a Ronaldinho Gaúcho, que estava em prisão domiciliar. O ex-jogador da seleção brasileira poderá retornar ao Brasil após cinco meses de privação da liberdade no país vizinho por tentar ingressar com passaporte adulterado.
O juiz Gustavo Amarilla aceitou uma “suspensão condicional” das acusações contra o ex-jogador, concordando com solicitação apresentada pela procuradoria no início do mês.
Roberto de Assis Moreira, irmão e empresário de Ronaldinho, recebeu uma condenação de 2 anos em suspenso, e ambos poderão deixar o Paraguai sob determinadas condições.
Liberdade
O juiz Gustavo Amarilla concedeu nesta segunda-feira a liberdade para Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis e estipulou pagamento de multa de US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão na cotação atual), a título de reparação ao Estado paraguaio.
Ele também acatou a sugestão da defesa dos irmãos Assis e determinou que o valor da multa seja descontado dos US$ 1,6 milhão depositados como fiança, em abril, para a concessão da prisão domiciliar.
Na audiência preliminar, o magistrado ponderou sobre a manifestação do Ministério Público paraguaio, no qual os promotores Marcelo Pecci, Alicia Sapriza e Osmar Legal pediram a suspensão do processo contra Ronaldinho, já que não ficou comprovado que ele e seu irmão, Assis, estariam envolvidos com lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
O irmão de Ronaldinho, entretanto, foi condenado a cumprir dois anos pelo uso de documentos falsos. Mesmo assim, ele também foi libertado, já que o magistrado suspendeu condicionalmente a condenação.
No caso de Assis, ele assumiu o compromisso de se apresentar a cada quatro meses a uma autoridade judicial brasileira.
Entenda o caso
Ronaldinho e Assis foram presos preventivamente no dia 6 de março a pedido do Ministério Público do Paraguai, para impedi-los de deixar o país, sob alegação de uso de documentos adulterados (passaportes e cédulas de identidade paraguaias).
Os dois foram levados para a Agrupación Especializada, um centro de detenção para presos de menor periculosidade, nos arredores de Assunção. A pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, ainda em estágio inicial na ocasião, atrasou todo o processo, e os irmãos permaneceram um mês na cadeia, até conseguir a mudança do regime para prisão domiciliar. Desde então, Ronaldinho e Assis estão detidos em um hotel no centro de Assunção, aguardando o desenrolar do processo.
Caso Ronaldinho: Los fiscales Marcelo Pecci, Alicia Sapriza y Federico Delfino participan de la audiencia preliminar de Ronaldo de Assis Moreira y Roberto de Assis Moreira y se ratifican en el requerimiento presentado. pic.twitter.com/qfIP6OTJE1
— Fiscalía Paraguay (@MinPublicoPy) August 24, 2020