Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2020
Witzel afirmou que está sendo perseguido pelo governo federal
Foto: Antônio Cruz/Agência BrasilO governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), afirmou na manhã desta sexta-feira (28), em um pronunciamento no Palácio das Laranjeiras, que está indignado com o afastamento do cargo, determinado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Witzel se disse perseguido pelo governo federal e fez ataques ao ex-secretário estadual da Saúde Edmar Santos, que foi preso e delatou o governador.
“Mais uma vez quero manifestar a minha indignação. Mais uma vez, é uma busca e decepção. Não encontrou um real, uma joia, simplesmente mais um circo sendo realizado”, disse Witzel.
O governador fez ataques também à Procuradoria-Geral da República e pediu a investigação de um suposto “uso político” da instituição. “Eu e outros governadores estamos sendo vítimas do uso político. Isso precisa ser investigado: o possível uso político da instituição. O Superior Tribunal de Justiça possui vários subprocuradores. Por que não se faz, como em qualquer outro Ministério Público, a distribuição e não o direcionamento para um determinado procurador: no cado a Dra. Lindora. E a imprensa já noticiou o seu relacionamento próximo com a família Bolsonaro”, declarou.
O afastamento de Witzel pelo prazo de seis meses foi determinado pelo ministro Benedito Gonçalves, do STJ, por irregularidades na área da saúde. O ministro negou um pedido de prisão do governador feito pela Procuradoria-Geral da República.
Witzel e outros oito investigados, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, foram denunciados pela Procuradoria.