Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 5 de setembro de 2020
Com isso, prisão deixa de ter prazo definido
Foto: Reprodução da TVO ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), converteu nesta sexta-feira (04) de temporária para preventiva a prisão de Pastor Everaldo, presidente do PSC. Gonçalves atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Prisões temporárias têm prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Prisões preventivas não têm prazo. Pastor Everaldo está preso desde o último dia 28. Ele foi preso na mesma operação que levou ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Delação de ex-secretário
Pastor Everaldo foi citado na delação premiada do ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, preso por corrupção. Segundo a delação, Pastor Everaldo mandava na área da saúde do governo estadual.
Ainda conforme o acordo de delação, homologado pelo ministro Benedito Gonçalves, as declarações prestadas por Edmar indicam que um dia antes da Operação Placebo, que mirou Wilson Witzel, o governador teria repassado R$ 15 mil a Pastor Everaldo, “o qual mostrou a quantia a Edmar, com receio, em tese, de que a Polícia Federal encontrasse os valores na realização das buscas”.
Filhos
Dois filhos de Pastor Everaldo também chegaram a ser presos na operação. Na quarta-feira, Laércio e Filipe Pereira foram soltos porque venceu o prazo da prisão temporária, e a Procuradoria não pediu prorrogação.