Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2020
Uma mulher foi presa suspeita de matar o filho, de três anos, na terça-feira (29). Ela foi detida na BR-277, entre Curitiba e Campo Largo, quando tentava se suicidar, segundo a Polícia Civil.
À equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a mulher confessou ter matado a criança e disse que abandonou o corpo em uma região de matagal que fica próxima do local. A criança foi encontrada sem vida pelos policiais.
O delegado Nasser Salmen disse que a criança tinha sinais de asfixia. “Isso vai ser determinante com o laudo do Instituto Médico-Legal (IML). É isso que nós temos previamente com relação ao homicídio.”
A mulher detida foi encaminhada ao hospital para receber atendimento médico. Ela deve responder por homicídio, ainda conforme a PRF.
Cortes
Ela tinha ferimentos no pulso, mas ficou sob custódia da polícia. O caso foi registrado na Central de Flagrantes da Polícia Civil, que já investiga a motivação do crime e se o mesmo foi cometido no local ou em outro. Aos policiais, a mãe não informou a razão que a teria feito matar o próprio filho.
Ela segue internada e passou por cirurgia nos dois pulsos, por causa dos ferimentos profundos que causou a si mesma com uma gilete. Segundo o defensor da mulher, Igor José Ogar, a família é muito reservada, por isso não tem como afirmar, por enquanto, o que levou a suspeita a cometer o crime.
“Ela esta internada e segue com sedativos. Os médicos pediram, por ora, que ninguém tivesse contato com ela, nem eu e nem o delegado. Segundo os médicos, ela precisa ainda passar por uma avaliação psiquiátrica, porque está na condição de incapaz. Estamos buscando na Justiça um acesso imediato a ela”, disse Ogar, por telefone, ao jornal Extra.
Depoimento
O delegado responsável pelo flagrante disse que o pai esteve na delegacia, mas pediu para não ser ouvido naquele momento. “Ele esteve aqui para pegar a guia de necropsia. Eu ia colher o depoimento dele, mas acontece que ele estava tão abalado emocionalmente, um momento tão triste, preferi aceitar o pedido dele, especialmente, em razão do luto. Eu relevei para que ele venha aqui e dê seu depoimento em um momento mais oportuno”, detalhou.
Segundo o delegado, o celular do pai não foi apreendido. “Cheguei a pensar em apreender o celular dele, mas ele se reportava a todo momento ao aparelho e chorava o tempo todo vendo as fotografias da criança, e eu também relevei esse momento”, disse Salmen.
O casal está junto há oito anos e há rumores sobre a motivação, mas que, por ora, serão investigados. “Não trabalho com rumores ou suposições”, disse o delegado.