Sábado, 01 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de outubro de 2020
Os consumidores idosos são os que mais pagam em dia empréstimos pessoais e são mais cautelosos com o comprometimento da renda. Levantamento da Serasa Experian mostra que a média nacional do comprometimento de renda com empréstimo pessoal (13,7%) está muito próxima da média de quem tinha crédito consignado (14,2%) em maio. E que a pontualidade dos mais idosos está em 91,3%.
“As duas modalidades de crédito são bastante populares e, por terem os menores juros do mercado, são mais saudáveis quando utilizadas de forma consciente pelo consumidor. Como o consignado só pode ser solicitado por quem é assalariado ou aposentado – por ter o desconto direto da fonte –, o pessoal acaba pegando uma parcela maior de pessoas que precisa de dinheiro emprestado”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Ainda segundo o levantamento, a população desta faixa etária que tinha a modalidade contratada teve uma taxa de pontualidade de 91,3%. É o maior índice na comparação com os demais grupos de idade e está acima da média nacional (85,8%).
O economista explica que o empréstimo pessoal é uma linha de crédito procurada por quem precisa, por exemplo, quitar uma dívida, fazer uma compra mais cara evitando financiamento a juros mais altos e até mesmo substituir dívidas caras, como o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial. “Os idosos, faixa que concentra também os aposentados, estão em uma fase mais madura e experiente, por isso, costumam priorizar melhor o pagamento em dia de suas contas para não desequilibrar o orçamento e manter uma vida financeira mais saudável”, diz.
Antes de se animar com os indicadores e pegar um empréstimo é bom verificar as taxas que os bancos cobram. No site do Banco Central do Brasil (BCB) estão as taxas e as informações financeiras de milhares de empresas.
Desde março deste ano a taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS mudou: passou de 2,08% para 1,80%, enquanto a taxa para o cartão de crédito será reduzida de 3% para 2,7%. Portanto é bom estar atento às taxas cobradas pelas instituições.
Confira os que mais usam crédito
O estudo também mostra que 16,8% da população do país que está no Cadastro Positivo tinha algum empréstimo pessoal ativo em maio. Na visão por idade, a maior utilização fica na faixa dos idosos – acima de 60 anos, com 22,4%, e a menor no grupo de jovens – 18 a 25 anos, com 11,1%. No intervalo estão: 26 a 35 anos (14,8%), 36 a 50 anos (16,4%) e 51 a 60 anos (17,8%).
Quando o recorte é por faixa de renda a distribuição é mais homogênea. Isso significa que a modalidade é bem democrática e consegue atrair os mais diferentes tipos de pessoas. Quem mais utiliza são aqueles que ganham até R$ 1 mil (17,8%). Na sequência estão os da faixa de R$ 5 mil a R$ 10 mil (17,5%), de R$ 1 mil a R$ 2 mil (17,4%) e por último os que recebem acima de R$ 10 mil (17%). A faixa intermediária de R$ 2 mil a R$ 5 mil, é a que menos procura esse tipo de empréstimo (15,3%). As informações são do jornal O Dia.