Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2020
As diretrizes valem para todo o País, desde a educação básica até o ensino superior.
Foto: ReproduçãoO CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou nesta terça-feira (6) a validade do ensino remoto até dezembro de 2021 após os 6 meses de suspensão das aulas presenciais pela pandemia do coronavírus.
As diretrizes valem para todo o País, desde a educação básica até o ensino superior, sejam as redes públicas, privadas ou comunitárias. Mas elas não são obrigatórias. O texto ainda deverá ser homologado pelo MEC (Ministério da Educação) e, depois, as redes podem optar por aderir ou não à proposta.
A resolução aprovada é de autoria da conselheira Maria Helena Guimarães de Castro, eleita nesta manhã nova presidente do conselho. A posse será na quarta-feira (7). Outra proposta é de que as escolas adotem um currículo contínuo, integrando os anos letivos de 2020 e 2021.
Nesse caso, as escolas devem selecionar conteúdos essenciais, conforme a Base Nacional Comum Curricular, e fazer uma avaliação diagnóstica dos alunos, para definir as estratégias de reposição da aprendizagem, seja de forma presencial ou não. Também foi sugerido que os alunos do 3º ano do ensino médio possam frequentar a escola um ano mais.
O conselho diz que não pode obrigar os estabelecimentos educacionais a não reprovar, mas sugere que as avaliações não sejam tão rígidas, feitas a partir de projetos como trabalhos, leituras e portfólios, em vez de provas e testes.
Evasão escolar
A Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil) e o IRB (Instituto Rui Barbosa), por meio do CTE-IRB (Comitê Técnico de Educação do IRB), aderiram à campanha Fora da escola não pode, desenvolvida pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em parceria com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e o Congemas (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social).
O acordo prevê ações de colaboração voltadas à capacitação, ao monitoramento, ao engajamento e à mobilização dos gestores públicos municipais, distritais e estaduais e outros agentes para enfrentamento da exclusão escolar e da cultura do fracasso escolar na educação básica.
Segundo a Atricon, a campanha disponibiliza materiais com orientação para ajudar o trabalho de mobilização e de engajamento das escolas, das famílias, da gestão pública e da mídia. A ideia é ajudar os municípios e estados a montarem suas próprias campanhas de comunicação para o enfrentamento do abandono e evasão escolar.