Domingo, 24 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2020
O principal especialista em emergências da OMS (Organização Mundial da Saúde) disse nesta sexta-feira (9) que os governos da Europa precisam adotar ações decisivas para conter a transmissão do coronavírus, inclusive limitando aglomerações, para evitar mais lockdowns prejudiciais.
A Europa passou de 100 mil casos diários relatados de Covid-19 pela primeira vez na quinta-feira, e países como Rússia e Reino Unido não viram trégua no número crescente de infecções em nenhum dos últimos cinco dias.
“Não há novas respostas. Sabemos o que precisamos fazer”, disse Mike Ryan em uma entrevista coletiva em Genebra.
“É duto ver muitos países da Europa testemunhando um aumento rápido de casos, e os governos têm que adotar ações decisivas para tentar acabar com a transmissão.”
Populações mais idosas e outros grupos vulneráveis com maior probabilidade de sofrer doenças graves precisam ser protegidos, acrescentou.
O distanciamento físico, o uso de máscaras e uma ventilação adequada continuam sendo essenciais, disse Ryan. “Precisamos ser muito, muito cuidadosos com qualquer forma de aglomeração que aproxime as pessoas em espaços apertados.”
Casos globais
Ainda nesta sexta-feira, a OMS relatou um aumento diário recorde de casos globais de coronavírus.
Os dados revelam que no período de 24 horas, foram contabilizados 350.766 casos de Covid-19. A alta tem sido puxada pelo novo “boom” de contágios registrados na Europa, onde diversos países estão com dificuldade de conter a nova onda da doença.
O recorde anterior foi atingido na quinta-feira (8), quando 338.779 novas infecções haviam sido identificadas em 235 países em um dia.Antes disso, o maior número foi somado no dia 2 de outubro (330.340).
Nesta sexta, somente a França bateu um novo recorde de contágios diários, com 20.339 diagnósticos, elevando o número total de infectados desde o início da pandemia para 691.977. Ao todo, o mundo tem 36.694.318 casos de Covid-19 e 1.064.204 mortes. As informações são das agências de notícias Reuters e Ansa.