Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2020
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, o envio das Forças Armadas para os estados do Ceará, Tocantins e Piauí. As tropas deverão atuar no apoio à realização das eleições municipais. O Rio Grande do Sul não foi contemplado.
O envio de tropas federais foi requisitado pelos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais dos estados, após consulta e anuência de cada governo estadual. Ainda não foi informado quantos municípios devem receber as tropas.
De acordo com o voto do relator, ministro Luís Roberto Barroso, o envio das Forças Armadas foi justificado por quatro razões: histórico de conflitos em pleitos anteriores; a existência de conflitos entre facções criminosas nas localidades; o reduzido efetivo de policiais nas localidades; e reiteradas tentativas de captação ilícita de sufrágio dos eleitores indígenas.
No fim do mês passado, o TSE já havia autorizado o envio de tropas federais a 345 localidades de sete estados. A decisão também abrange o segundo turno, marcado para 29 de novembro, onde houver. Uma vez comunicado sobre as aprovações do tribunal, cabe ao Ministério da Defesa operacionalizar o envio de soldados.
As forças vão atuar em 345 localidades, divididas desta forma:
– Amazonas: 32 localidades
– Acre: 19 localidades
– Maranhão: 98 localidades
– Mato Grosso do Sul: 5 localidades
– Pará: 72 localidades
– Rio Grande do Norte: 113 localidades
– Tocantins: 6 localidades
Em 2018, mais de 28 mil militares das Forças Armadas foram convocados para atuar em 598 localidades nos dois turnos de votação. Em 2016, foram 25 mil militares, e em 2014, 30 mil.
TSE
O secretário de tecnologia da informação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Giuseppe Janino, disse que o sistema de computação de votos para as eleições municipais foi aprovado. “Fizemos a verificação da integridade e da autoria desse sistema que fará a totalização [dos votos]”, declarou a jornalistas depois de cerimônia que comprovou a integridade dos softwares utilizados no processo.
Giuseppe disse que o processo de totalização dos resultados das eleições de 2020 sofrerá alterações. Em vez de reunir os dados dos centros de controle nos 26 Estados e no Distrito Federal –como funcionava até 2018– o TSE concentrará o processamento em 1 só local.
“Vamos ter 1 único ponto de totalização, em uma nuvem computacional, onde se fará a totalização dos 5.567 municípios, trazendo várias vantagens, principalmente em termos de segurança, performance, compartilhamento, poder de processamento e gestão de todo o processo”, disse.
A cerimônia de verificação serviu para comprovar que o sistema que totalizará o resultado das eleições deste domingo é o mesmo que foi lacrado e assinado na sexta-feira (13). Segundo o tribunal, os softwares verificados são o InfoArquivos (Informação de Arquivos de Urna), o RecArquivos (Receptor de Arquivos de Urna) e o Sistot (Sistema da Totalização).
O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, também esteve no evento. Disse que “o voto é um instrumento poderoso para admitir ou demitir os gestores públicos” das cidades e municípios. E afirmou que há segurança sanitária para os eleitores irem às urnas.
“Exceto se houver uma recomendação de autoridade sanitária em sentido diverso, estamos conclamando a população que vá com segurança e tranquilidade aos locais de votação”, disse o ministro.