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Política Hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral é preso em Portugal

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Hackers expuseram informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE

Foto: Reprodução
A Corte afirmou que não houve perdas de dados. (Foto: Reprodução)

Um hacker suspeito de invadir sistemas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi preso neste sábado (28), em Portugal, em uma operação conjunta entre a PF (Polícia Federal) brasileira e a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária Portuguesa.

O preso é um cidadão português de 19 anos, que usa o codinome Zambrius e comandaria um grupo intitulado Cyberteam. De acordo com a PF, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados em São Paulo e em Minas Gerais e um mandado de prisão e um de busca e apreensão em Portugal.

O inquérito instaurado pela PF apura os crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa. De acordo com as investigações, um grupo de hackers brasileiros e portugueses, comandados por um português, foi o autor do ataque aos sistemas do TSE.

Segundo informou a PF, os mandados cumpridos no Brasil foram autorizados pela 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação da PF e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.

No domingo do primeiro turno das eleições municipais, os hackers expuseram informações administrativas de ex-servidores e ex-ministros do TSE. O objetivo da divulgação na data do pleito seria desacreditar a segurança do sistema de computadores da Justiça Eleitoral. Mas, segundo a PF, a invasão não atingiu os sistemas relacionados às eleições porque as urnas eletrônicas não são ligadas à internet. Portanto, os equipamentos não são vulneráveis a ataques.

“Não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação”, informou a PF.

A operação foi batizada de “Exploit”, definido pela PF como “uma parte de software, um pedaço de dados ou uma sequência de comandos que tomam vantagem de um defeito a fim de causar um comportamento acidental ou imprevisto no software ou hardware de um computador ou em algum dispositivo eletrônico”.

A apuração inicial era de que os dados obtidos pelos hackers se referiam ao período de 2001 a 2010. Mas, depois, constatou-se acesso a dados de 2020, como endereços e telefones, no Portal do Servidor, um sistema administrativo sem relação com o processo eleitoral.

Outra tentativa

Além da divulgação dos dados, também houve outra tentativa de ataque hacker aos sistemas do TSE, que acabou neutralizada. Esse ataque consistiu em múltiplos acessos oriundos de Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos no dia do primeiro turno das eleições. Os resultados do pleito foram divulgados com atraso.

O TSE informou que uma comissão do tribunal vai acompanhar as investigações da PF sobre os ataques cibernéticos. A Comissão de Segurança Cibernética será comandada pelo ministro Alexandre de Moraes.

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https://www.osul.com.br/hacker-suspeito-de-invadir-sistemas-do-tribunal-superior-eleitoral-e-preso-em-portugal/ Hacker suspeito de invadir sistemas do Tribunal Superior Eleitoral é preso em Portugal 2020-11-28
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