Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2020
Os Correios podem ser privatizados no quarto trimestre do ano que vem
Foto: DivulgaçãoO governo federal anunciou, nesta quarta-feira (02), que pretende privatizar nove estatais em 2021. Entre elas, estão empresas como os Correios, a Trensurb e a Eletrobras.
A intenção faz parte do PPI (Programa de Parceria de Investimentos), por meio do qual são feitas concessões, privatizações e parcerias com o setor privado para obras e serviços públicos.
O Ministério da Economia já tinha listado 126 projetos no PPI. Nesta quarta-feira, o governo informou a ampliação da lista, que passa a contar com 201 projetos. De acordo com o ministério, 115 deles estão previstos para 2021, com expectativa de geração de R$ 367 bilhões em investimentos.
Entre os leilões previstos para 2021, estão: 16 portos, entre eles os de Santos (SP) e Paranaguá (PR); seis rodovias; três ferrovias; 5G (tecnologia que promete conexões ultra-rápidas de internet e que vem sendo alvo de disputas entre Estados Unidos e China); 22 aeroportos, divididos em três blocos; seis parques e florestas; eventos de óleo e gás e direitos minerários.
Correios e Eletrobras
A secretária Especial do PPI, Martha Seillier, afirmou nesta quarta que o projeto de lei que possibilitará a privatização dos Correios deve ser discutido neste mês com o presidente Jair Bolsonaro para depois ser enviado ao Congresso Nacional. O governo programa privatizar a estatal no quarto trimestre de 2021.
“O projeto de lei permite que a gente tenha outras formas de prestação desse serviço, não apenas por meio de uma estatal, e traz princípios importantes para essa prestação. Mesmo que seja por meio de um investidor privado, ou de alguns investidores privados, o importante para o governo, que consta no projeto de lei, é que os serviços sigam sendo universalizados, que todos os brasileiros sigam recebendo suas correspondências, seus documentos e encomendas em casa”, disse ela.
Martha acrescentou que “todas as políticas públicas” que são concretizadas por meio das entregas dos Correios, como vacinação e livros didáticos, não serão prejudicadas.
O secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, afirmou que o processo de privatização da Eletrobras também depende de aprovação de um projeto de lei pelo Congresso Nacional. De acordo com ele, hoje a estatal é avaliada em cerca de R$ 60 bilhões.