Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2020
Jovens acabam sendo vetores de transmissão.
Foto: Cesar Lopes/PMPAOs jovens são a parcela da população que mais está se infectando na nova onda de coronavírus no País. Em grande parte assintomáticos, eles acabam sendo vetores de transmissão para outras faixas etárias, pelo contato com familiares de diferentes idades.
De acordo com um estudo da coalizão Rede Análise Covid-19, divulgado pelo jornal O Globo, em maio, início da escalada de registros, os doentes entre 15 a 29 anos eram 13,5% dos diagnosticados. Já em novembro eles chegaram a 20,5%. Já entre as pessoas de 40 anos ou mais, há tendência de queda na proporção dos infectados.
No estudo foram considerados todos os testes moleculares (tipo PCR) positivos nas bases oficiais do SUS desde o início da pandemia até o último dia 23.
Como os jovens não só tendem a não sentir os sintomas como também os efeitos não costumam se manifestar de forma mais grave, eles acabam mantendo atividades e contatos sociais com diferentes pessoas, o que pode resultar em transmissão maior nas festas de final de ano, com a reunião de familiares, inclusive integrantes de grupos de risco, como pessoas mais velhas e com comorbidades.
Os dados demonstram um crescimento na proporção de diagnosticados em todas as faixas dos 5 aos 39 anos. Já dos 40 em diante existem contínuas pequenas quedas ao longo da pandemia.
Em São Paulo, Estado em que há o maior número de casos e mortes por coronavírus, a propagação da doença entre jovens de até 29 anos também correspondeu ao dado nacional. Foi a que mais aumentou entre faixas etárias desde o início da pandemia, de acordo com o governo estadual.
No mês de junho pessoas nessa faixa etária eram 20% dos casos positivos para a Covid-19, pulando para 27% em setembro.
Conforme o levantamento estadual, dos 1.250.590 casos confirmados de Covid-19 até 1º de dezembro em São Paulo, 307.685 são do grupo de 0 a 29 anos. Por outro lado, é a faixa etária onde há menos mortes, menos de 2%, com números inferiores a 500 das 42.290 mortes no Estado no período.