Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2020
Em meio à pandemia de Covid-19, empresas catarinenses se destacam na produção de tecidos que protegem contra o novo coronavírus. Os materiais possuem tecnologia que repele a propagação de bactérias, ácaros, além de outros tipos virais. É o caso da Altenburg, de Blumenau, no Vale do Itajaí, que está prestes a lançar o primeiro travesseiro certificado como antiviral no Brasil.
“Esse travesseiro protege essencialmente contra o vírus que causa a doença Covid-19 e também, contra ácaros e bactérias. O vírus em apenas um minuto está aniquilado”, explica o diretor de marketing, Tiago Altenburg.
O produto é fruto da utilização de tecnologia de outra empresa do estado, a Dalila, de Florianópolis. Os travesseiros são impregnados com nanotecnologia, responsáveis pela eficácia no combate à propagação dos microrganismos. De acordo com a Altenburg, os travesseiros oferecem proteção contra vírus e bactérias por até 50 lavagens.
“A lavação regular não é recomendada. Podemos lavar o travesseiro a cada seis meses, mas o importante é que seja usada uma capa protetora e uma fronha, mantendo o travesseiro mais saudável”, disse.
Outros produtos com tecnologia antivírus também tem sido produzidos no estado. A Cross System, de Florianópolis, vem desenvolvendo há seis anos um tecido feito à base de garrafa PET que promete ser antibacteriano, antifúngico e antiviral.
“[A tecnologia] visa contribuir na diminuição da infecção hospitalar propagada por sapatos, jalecos e máscaras. Fornecem proteção por até um ano, sem ter a necessidade de realizar lavagens diárias”, afirma a sócia da empresa, Mariana Karasiak.
Assim como a Cross System, uma outra empresa de Joinville, no Norte do estado, também aposta na nanotecnologia para combater a transmissão de vírus e bactérias. A AboutYou possui uma linha com diversos produtos que ajudam no combate à propagação de doenças, desde antisséptico para as mãos e sprays multiuso, até filtros de ar-condicionado.
De acordo com Cristiano Silvério, sócio e diretor comercial da empresa, foi o surto de H1N1 que abriu os olhos da sociedade internacional para o maior cuidado com a propagação de vírus e bactérias. Foi a partir desse alerta que diferentes empresas começaram a apostar cada vez mais na nanotecnologia para produção de produtos que repelem a propagação de microrganismos.